Por Isabela Nicastro – Sem Travas na Língua
Não ir ao rodízio de pizza na segunda-feira. Não usar a roupa nova para ir à faculdade. Não chorar de rir. Não curar o choro com um sorriso. Não dar bom dia no elevador. Não fazer vários nadas durante a semana. Não passear com seu cachorro. Não se afogar em um abraço. Não tomar banho de chuva.
A vida é curta demais para a minha e para a sua intolerância. Para cobiçar a grama do vizinho que pode ser mais verde, mas nem sempre é mais bela. Para se olhar no espelho e não sorrir. Para prolongar o “eu te amo”. Apesar do clichê, a vida não espera você decidir. De repente, as coisas se atropelam e, como num passe de mágica, se passou um dia, um mês, um ano e você ainda espera a melhor ocasião, o momento certo, o dia especial.
E de tanto esperar, acaba não vivendo. Vai sentir saudades do que não viveu, querer voltar e escrever um passado diferente. Um passado em que o presente tenha sido aproveitado. Em que os erros fizeram parte, afinal eles representaram tentativas. Em que realmente tivesse sofrido, chorado, gritado. Socorro, hoje não sente nada!
Pior do que não sentir nada, é se arrepender de ter construído carreira, ter vários relacionamentos, mas não ter vivido intensamente cada etapa. É se arrepender de não ter se atentado aos detalhes, de não ter se rendido aos desejos, sejam eles os mais simples possíveis.
Por isso, não espere para se lamentar. Viva intensamente cada minuto. A vida é muito curta para você esperar que ela encurte. Aprenda a prolongá-la, seja em dois ou em cem anos. Faça valer a pena.
Fonte indicada: Sem Travas na Língua
Imagem de capa: Stocked House Studio, Shutterstock