Você, somente você sabe das próprias descobertas, dores e entregas. Conexões não podem ser forçadas. Elas precisam acontecer naturalmente e livres das obrigações que o mundo insiste em nos empurrar alma adentro.
Quando você entende um pouco mais de si, percebe que nada é tão complicado assim. Que relações pautadas em egoísmos e privações mais afastam do que aproximam. E ninguém pode determinar os caminhos e sentimentos de cada ser. Cultivar prisões emocionais criadas por alguém, diminui e entristece o espírito.
Quem quer estabelecer vínculos honestos, não pode chantagear o próximo. Encontro não é controle, mas permissão. Permissão para entrar na vida de alguém e contribuir, com afeto e respeito, naquele coração que já viveu muito antes de você chegar. Logo, não faz o menor sentido pedir passagem e manter o amar trancafiado. O amor também requer necessidades básicas para o seu crescimento.
Por isso, é cada vez mais urgente entendermos mais de nós. Reconhecer os medos, os sonhos, as qualidades e os defeitos que fazem de nós, serem tão densos e ativos. Mas nada justifica, em decepção alguma, o distanciamento dos nossos inteiros. Sem eles, somos cascas que perambulam sem propósito, sem porquê.
Resiliência não é um mero conceito. Autoconhecimento não é uma simples atitude. Ambos demandam espaços e escolhas a serem feitas, diariamente, com a máxima daquilo que podemos oferecer.
Você é quem decide estar pronto, aberto e disponível. Pronto para seguir, aberto para acolher e disponível para somar. Mais do que direitos, essas são provas da sua, da nossa capacidade de amar e transcender rumo ao infinito.
Título extraído da palestra “Beyond Enlightenment”, de Osho.
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