Imagem de capa: Nejron Photo/shutterstock
Permita-se. Deixa a sua tristeza entrar, puxar a cadeira e sentar ao seu lado. Do lado de dentro. Com o choro certo, com os soluços te pedindo atenção. Deixa rolar todas as lágrimas, a cachoeira de mágoas se esvai, lavando a sua estrada para o recomeço que quer soprar em suas asas.
Permita-se. Deixa a raiva entrar, lhe entregue o bastão, deixa ela gritar, urrar, até perder a sua direção. Dê a ela o movimento certo: pule, corra, se mexa e respire cada passo que soca o chão, para logo se aliviar e abrir um baita sorriso, de alívio, de coração.
Permita-se. Deixa o medo entrar, tremer, correr, se doer. Ele pode ser seu amigo se você tentar compreendê-lo. Não precisa ter vergonha dele, ele guarda segredos que se você permitir pode te esclarecer. Deixa ele pulsar, existir, pois é dele que a coragem pode vir a existir.
Permita-se. Aprenda também a celebrar a alegria, abrir a porta e dançar com ela. Rodopiar no ar como quem sabe que foi feita para dançar. Gira, rodopia, sinta a leveza que em seu coração vibra e canta.
Permita-se. Deixa a vulnerabilidade das suas emoções conversarem contigo. Estenda o seu ombro amigo. Dê a elas a sua atenção, celebre cada uma, dando-lhes a sua permissão. Cuidado para não bater a porta na cara delas, ouça o que cada uma tem a lhe dizer, ou apenas permita que elas existam. Desabafe, engasgue, chore se preciso. Quando a gente bate a porta na cara das emoções, elas ficam estagnadas emperrando a porta, barrando a entrada de muitas bênçãos. Quando nos permitimos sentir, estamos aprendendo com a vida, a fluir.