Imagem de capa: Jozef Klopacka, Shutterstock
Muito tem se falado do empoderamento da mulher, do feminismo e do sagrado feminino. São palavras que enaltecem a força feminina e mais comumente nos saltam aos olhos e ouvidos. É em bom tempo pois é preciso falar sobre o assunto, haver uma retomada de consciência e poder.
Falar de poder pode parecer um tanto pretensioso e perigoso, pois esta palavra nos remete a ideia de submissão e autoritarismo, mas este nada tem haver com o que nos foi fadado: o poder divino é parte de quem somos e calibra os seres na harmonia . É um período de retomada, pois uma vez, ele foi algo grandioso – cultuado, respeitado, reverenciado pois é do feminino que que provém a vida por meio da fertilidade, a abundância por meio da força criativa e a intuição da energia feminina.
Mas no caminho da humanidade, alguns percalços nos pegaram desprevenidos, e com a vinda do cristianismo, este cenário mudou. O sagrado feminino, divino e complementar foi subtraído para que a força pronvinda da cultura patriarcal pudesse reinar, renegando e rejeitando o culto ao feminino, resultando num esquecimento de suas naturezas. Não foi entendido que a mulher era a força que dava o equilíbrio, que daria sustento ao amor, ao lado emocional, e à força intuitiva… talvez não tivéssemos vividos tantas guerras se o poder feminino não fosse ceifado. Porém os sacerdotes da época estavam mais interessados no aumento do medo, da força pelo homem e dos ganhos provindos do lucro pelo pagamento de dízimos. Houve uma total falta de controle do que era real do imaginário – do ego.
Falar do sagrado feminino é falar do nosso poder interno, da sabedoria e do despertar desta força genuína – da feminilidade e da sexualidade e necessidade de se reconectar com a natureza.
Foi um longo período de ocultação dos poderes divinos – o sexo ficou sujo, a mulher virou bruxa e qualquer trabalho que se utilizasse da cura por ervas, dos meios ritualísticos e da natureza, era considerado feitiçaria. Nos bloquearam humanamente, nos transformaram em máquinas e os homens em guerreiros.
Travaram guerras, derramaram sangue, ouve caos e desiquilíbrio. Algo foi perdido. A força criativa e geradora da vida foi se atrofiando, perdeu-se em meio à revolução industrial, às máquinas, e até hoje carregamos o fardo dessa transformação. Homens e mulheres renegados de seus próprios poderes internos.
Porém caros guerreiros, este é o momento do despertar, onde todo o véu será tirado diante da luz do novo tempo e toda verdade será restaurada para o divino e o sagrado voltarem a triunfar, pois ele é parte de nós.
É necessário respeito e uma quantidade de humildade para reconhecer os próprios poderes para uso próprio e em benefício do outro. É diante do amor e da espiritualidade que isto acontece, pois este é o caminho do autoconhecimento.
As mulheres despertas de hoje estão a caminho do encontro dos seus sagrados, da sua conexão com a terra e lua, regente de seus ciclos naturais. Os homens, curando-se e acessando seu mais belo ser sagrado, tornando-se conscientes de suas vulnerabilidades e sentimentos.
A mulher curada retorna ao lar, se aceita, e compactua sua natureza com a da terra. Tem as outra mulheres como suas aliadas e irmãs, co-criadoras de um mesmo espaço. Finda a rivalidade e inveja, e assim o poder é devolvido.
Aos homens curados, aceita-se as suas imperfeições, dá-se a chance de tocar seus sentimentos, encará-los com coragem, e se colocar diante deles sem medo ou julgamentos. Se abre ao sexo divino, e não àquele que foi ensinado como pornográfico. Respeita a mulher e seus ciclos, e estende a mão para ser parceiro nos deveres do lar e da família – ele é parte . O masculino curado sabe reconhecer a velhice e não ostenta juventude com mulheres novas e carros potentes, sabe o momento de se retirar e até mesmo resguardar. O masculino curado aprende a respeitar o feminino e a honrá-lo.
Sim, houve um tempo em que as mulheres eram sagradas que o sexo era divino e que homens e mulheres se respeitavam. Esse tempo está voltando.
Que os valores não se percam no despertar da sacralidade. Que a mulher empoderada saiba aceitar o masculino, que não haja competitividade mas sim um complemento.
Que os homens curados não se sintam inferiores diante de uma história de domínio masculino, mas que eles entendam que são parte de um equilíbrio natural.
O homem também foi vítima do sistema patriarcal, mas hoje tem a oportunidade de se curar e retomar seu poder no equilíbrio do ser.
Para que isso ocorra é preciso acolher com amor. Permitir ao homem abrir-se para o diálogo e envolve-lo em amor e confiança para que possa despertar seu ser interno.
Que mais mulheres possam usar sua energia criativa, e limpar-se da energia repressora e cheia de regramento – para entrar num mundo mais maternal, afetivo e artístico. Dance, pinte , borde, plante! Perdoe-se e reconecte-se!
E assim, nessa consciência nos tornaremos criaturas mais harmoniosas e conscientes da própria natureza. Que a paz e o amor prevaleçam.
Muiti bom o artigo, ótimo o contéudo!!! Muito Obrigado!!!