Imagem de capa: Julia Strekoza, Shutterstock
já não age como antes, tão pouco pensa como outrora.
definitivamente, você mudou e muda. talvez essa seja toda a graça de ser você, a constante mudança.
não faz muito tempo em que percebo drásticas mudanças em meu comportamento. muito do que fazia sentido para mim, hoje não faz mais nenhum. e outras, que até risada dei, tornaram-se completamente verídicas nesse caminho.
há quem mude de opinião a cada dia, há quem mude a cada década, há quem não mude de modo algum. e existem pessoas como eu, que não tem data nem validade, mas que sempre muda.
as estações foram e chegaram, me lembro quando ainda acreditava que tudo era para sempre. e logo em seguida, aprendi que o pra sempre, sempre acaba.
mas há algo que nunca mudará, e isso é uma das maiores verdades da vida (da minha vida).
existe algo dentro de cada um, que distintas agem igualmente estabelecendo entre os indivíduos a “ganância” de vida. de fato, aquilo que há em mim jamais entrará em concordância absoluta com o que há em ti, mas ainda assim, sem sentido algum, iguais.
há quem diga que ela é formada e formatada pelo tempo, há quem diga que é uma das poucas coisas vindas contigo desde sempre. mas há também quem não diga nada e sorrateiramente perceba isso nas pessoas.
as estações continuarão mudando, e eu com elas.
aprendi que funciono perfeitamente na mudança, e que ela sempre me fará bem.
hoje sou outono, primavera, verão e inverno. sou as estações que seguem e traçam os anos, sou tudo aquilo que posso ser e mudar, sou a vulnerabilidade dos dias, a insensatez da racionalidade, a certeza das emoções, o frio e o calor, sou tudo o que posso ser, por ser essencialmente essência, estações.