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E se acordarmos e esquecermos do amor?
De sua existência, temperança, validade e astúcia sobre a vida?! Se não soubermos o que é sentir nada por alguém, nem sequer por nós mesmos? Se o amor partir, quem restará?
Vazios, medos e inverdades daquilo que queremos ser, mas que não conseguimos. Existimos para alimentar o amor, nutri-lo da nossa esperança libertadora e pungente. Porque o amor é necessário. Ele grita aqui dentro e imaginar o mundo sem sê-lo, por mais agridoce que sejam os seus efeitos, é sofrer de uma cegueira que não estamos preparados.
Então não há como viver, sequer pensar. A inexistência do amor é uma possibilidade nula. Amemos todos.
Acordemos de sonhos intranquilos, amando devagar e urgentemente.
Se é possível amar em plenitude, sem motivos grandes, calculados e articulados, não seria em nada espantoso se eu dissesse aqui e agora que, sem compromisso, eu amo você.