Imagem de capa: Augustino, Shutterstock
O carnaval passou, foram quatro dias de festa e fantasia. Você se vestiu de odalisca, enfermeira ou diabinha, tanto faz, o alvoroço chegou ao fim. Valeu a pena as doses extras de vodca no gargalo, as carreiras de tequila e cada latinha de cerveja. A folia foi favorável, as músicas grudaram na sua cabeça e tra tra tra, metralharam cada um dos seus neurônios, faz parte. A maior festa deste país contagiou os foliões e quem não viveu momentos constrangedores não cumpriu seu papel na brincadeira. A bagunça é liberada.
Após a quarta-feira de cinzas as responsabilidades voltam à rotina e os sentimentos vão tomando seu devido lugar. A saudade aperta, a tristeza dá um “Oi” e o amor tira as máscaras.
Não dá para viver um amor em sua plenitude se você ainda carrega qualquer tipo de disfarce. O amor não permite dissimulação. Não há lugar para fingimento ou aparência. O obscuro não abriga o calor da inspiração sublime. Não há carnaval ou quarta-feira de cinzas que faça com que o amor em toda sua integridade vista qualquer fantasia.
Para viver, e fazer, amor é preciso se despir, ficar nu em pelo. Tirar toda e qualquer ilusão. Se desfazer de caprichos, enredos, balelas ou mentiras. É necessário esquecer diplomas, status, carreira ou conta bancária. Para o amor não importa a grife da calça jeans, a marca do carro, o limite do cartão de crédito ou o quilate do anel. Para viver o amor é preciso se desnudar de vaidade, timidez, insegurança ou pudor. Não há caminho para o constrangimento, embaraço, aflição ou receio. A entrega deve ser legítima e completa.
Se você ainda carrega algum resquício de fantasia ou ilusão, se ainda sobrou purpurina ou lantejoula da última folia, lave-se. Livre-se de qualquer sinal de lorota ou novela. A vida carrega a sombra das suas verdades e certezas. Tire a roupa e a armadura, tire tudo. Fique apenas com a deliciosa humanidade.
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