Imagem de capa: Igor Salcov, Shutterstock
O imediatismo se encaixa muitíssimo bem naquilo que temos chamado de síndrome dos vinte e poucos. Somos jovens, cheios de vida e força. Nossa meta? Superar-nos! Como em uma guerra, não descansamos. O que queremos é sempre o mesmo, ser o melhor!
Acredito que esse texto falará muito com aqueles, que como eu, exigem MUITO de si.
Desde que me lembro, corro para ser a melhor em tudo o que faço. Na escola? A melhor aluna. No trabalho? A melhor funcionária. E sabe de algo? Falhei inúmeras vezes tentando ser a melhor (sempre).
A gana por não errar é um equívoco, e na maioria das vezes traz aquele de quem corremos: o erro.
Não confunda o sentido do que estou dizendo. Não estou nos abstendo da responsabilidade que temos em fazer tudo da melhor forma, estou falando do quanto nos maltratamos e até nos tornamos negligentes com essa pressa descomunal.
Em meu ciclo de amizades, as idades vão de 21 a 44 anos, em média. Entre esses, é incrível o número de jovens bem sucedidos. Empresários, empreendedores, professores, donos de seus carros e alguns até casas. Talvez eu seja uma sortuda por estar nesse meio, ou quem sabe, equivocada.
Aos 25 anos, me percebo realista.
Mas não foi sempre assim… conhecer o realismo não foi tão fácil, confesso. Por muito tempo corri dele, era otimista praticamente 110% das vezes. Coisas ruins nunca existiram no meu vocabulário, até que elas começaram a acontecer de fato.
E veio como uma onda, me desestabilizou e quebrou o meu barco por completo. Finalmente percebi que o tal do imediatismo foi o vilão da minha vida. Queria tudo na hora, que se realizasse logo, pra já, sem temer o que poderia acontecer no caminho ou após ele.
O que percebi é que o mundo não é feito por aqueles que correm muito, é daqueles que sabem quando correr e quando parar. E calma, parar não significa desistir ou negligenciar o que está fazendo. Significa conseguir ver toda a situação de forma plena.
Precisamos de um novo emprego? Se sim, estipular metas pessoas e analisar tudo com calma é o que fará com que tudo aconteça de forma sóbria. Precisamos mudar o rumo? Se sim, as táticas ditas no parágrafo acima também funcionarão nesse caso.
Mas tudo o que eu quis dizer é muito simples.
Evite a expectativa, transforme-a em esperança. A expectativa produz frustração, a esperança produz perseverança. E se isso ainda for muito, ficamos com o ditado: Quem come com pressa, queima a boca.
Ah, quase me esqueci!
Essa ideia de que precisamos ter tudo (logo), talvez não seja o melhor a se pensar aqui. Talvez é preciso ver os detalhes que formam a vida, e isso não será possível quando estiver com pressa.