Tem certeza de que é amor?

Vou perguntar mais uma vez: você tem certeza de que é amor? Respire fundo, pense naquela pessoa querida, no quanto ela te faz bem e feliz. Agora, imagine que ela está indo embora. Sim, talvez para sempre. Ela simplesmente não quer continuar ali, com você. Quer conhecer o mundo. Você sente falta? Vazio? Sente que perdeu uma parte importante da sua vida? Então não há amor verdadeiro, afinal de contas. Cuidado com as conclusões precipitadas.

O amor nem sempre está onde imaginamos, em razão da banalização do tema, do termo e do próprio conceito. Geralmente as pessoas confundem amor com apego, desejo, carinho ou afeto. Se sentem vazias quando perdem o “domínio” sobre o outro. Apenas as pessoas completas podem amar verdadeiramente. Isso significa dizer que amor nunca é ausência. Pelo contrário, amor é plenitude.

Eu te amo, por isso te deixo partir. Essa regrinha funciona muito bem. Quem está completo pode contemplar o outro na sua inteireza, sem cobrar nada. O outro surge como um parceiro e não como parte de um quebra-cabeça. Sua ausência é sentida, mas não nos destrói nem paralisa. Somos perfeitamente capazes de seguir em frente.

Tudo começa pelo amor próprio. Amar a si, depois ao próximo. É preciso observar com paciência o seu Ser interior, a sua essência. É preciso sentir-se tremendamente apaixonado pelos seus próprios pensamentos, contornos, sutilezas e manias. Somente após esse processo de experimentação é que você pode se dirigir verdadeiramente ao outro.

Nessa nova relação não haverá domínio. Então, quando alguém lhe perguntar se você tem certeza de que é amor, você poderá responder tranquilamente, sim, é amor. Somos completos. Quando estamos juntos, transbordamos. Amor é excesso.



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Amante de café, boas ideias e mulheres de atitude. Adora conhecer pessoas, filmes e músicas novas. Fundador do Puta Letra. Pai de um livro, esperando o segundo bebê.

6 COMENTÁRIOS

  1. Eu sinto q um pedaço da relação vai embora a cada discussão, na falta de apoio de compreensão. Não necessariamente na ausência física da pessoa.

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