Liberdade é praticar autoconhecimento todos os dias. É não estar imerso em predicados egoístas ou ausente de arestas caridosas e cúmplices. Na vida, o essencial é perceber o poder de transformação que possuímos e, com isso, o tamanho de sentimento que devemos cultivar e partilhar. Seja alguém que você ame e entenda. Nada de meias palavras, sentimentos e entregas. Tudo o que precisamos é de mais disposição para sermos quem realmente deveríamos. Ou seja, amantes honestos e corajosos do viver.
O tempo de estarmos presos em regras e buscas sem sentido não cabe mais. Simplicidade nos gestos e sonhos é a ordem da vez. Ninguém precisa de muito para ser pouco. Um pouco de amizade, bom senso, carinho e vontade já fazem com que sejamos seres transbordantes. Somos exceção num mundo repleto de asperezas e maldades. E quem vier contando vantagens, medindo ações e julgando favores não poderá encontrar nada além de abraços gentis. Aqui vivem corações resilientes e opostos, mas distraídos pela mesma urgência em tratar lágrimas com sorrisos. Ainda que encontremos injúrias e rostos tortos por experiências passadas, permanecem esses desejos ditosos e expansivos. É vida nos dedos das mãos e paciência nas cavidades do coração.
Por isso, em última instância, façamos votos pelas necessidades raras. Ultrapassemos essas barreiras tolas e pálidas de quem não sabe admirar felicidades alheias e amantes desconhecidos. Porque para estarmos conscientes e atuantes nas nossas melhores versões, precisamos sim, cuidar e olhar dentro de nós. Os reflexos e efeitos do tipo de pessoa que gostaríamos e podemos ser.
Se você quer mais amor, ame. Se você quer mais carinhos, construa. Se você quer ser livre, liberte. Se você quer ser algo novo, recomece. Em outras palavras, seja alguém que você ame e entenda. Esqueça máscaras e fragilidades que impedem fazer de você, nós.