Tem dias que dá vontade de chutar o balde, mandar o chefe catar coquinho na esquina, sair da sala de aula enquanto o professor fala umas groselhas de como é preciso estudar para ser alguém na vida.
E tem aqueles dias em que a gente fica puto, explode, diz uns palavrões, esmurra a porta. Acontece nas melhores famílias.
“No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim”, escreveu Fernando Sabino. Tenho repetido essa frase como um mantra, toda manhã, principalmente nas quartas e quitas. No meio da semana o tempo fica nublado e os nervos ficam à flor da pele. Daí eu penso comigo: relaxa, cara, no final dá certo.
Não é coincidência esse mandamento ser o quinto. Geralmente é no meio dos projetos que bate aquele desespero. Será que vai funcionar? Será que vai dar lucro? Será que esse é o curso certo? O que é que eu vou fazer agora? A gente se pergunta e fica no vácuo. Ninguém responde esse tipo de coisa.
Confiança! É preciso respirar com paciência, fazer um trabalho reflexivo para compreender que o destino é incerto, que as nossas ações não são as únicas forças do universo e que tudo pode acontecer de forma diversa do planejado. O resultado nem sempre é ruim, às vezes a gente se surpreende.
Então, relaxa. Um dia as coisas se ajeitam.