No dia em que você nos deixou, como em um cliché de filme, serenava. Porém, naquele dia, eu ainda não entendia que era o dia em que você me deixou. Serenava no tempo e, aos poucos, serenava também no meu coração. As pessoas iam saindo lentamente, em silêncio, enquanto eu me deixava ficar, esperando que em uma reviravolta louca você se levantasse dizendo que era uma brincadeira de mau gosto. Sim, é absurdo, mas eu aprendi que no luto o absurdo é o comum de quem ama. Depois que todos se foram, ela veio juntamente com o silêncio e o frio: a dor pungente. Eu demorei a aceitar, mas a dor do luto é física. Ela rasga de dentro para fora, ela fere pelas entranhas, como se ela sempre tivesse estado ali e estivesse apenas esperando o momento certo para sair rasgando tudo, como um alien cuidadosamente alojado.
Nada que eu vivi até o momento daquela dor poderia se comparar àquele sofrimento, nada. Nem sei dizer se aquilo era sofrimento, eu acho até que aquilo ali nem nome tem. É um carrossel louco de sentimentos tão fortes que deixam a alma e o corpo abatidos de cansaço. Quando após três dias sem dormir, o corpo finalmente repousou numa cama, era como se eu tivesse travado uma luta numa arena romana. Dormimos sem querer dormir. Simplesmente, o corpo se desliga, porque sabe que se não fizer isso não suportará. Eu aprendi que o nosso corpo nos comanda no momento do luto.
Vivendo o luto, eu precisei aprender algumas coisas. Não porque eu quisesse, mas porque foi necessário, foi parte do processo natural de adaptação. Do luto mesmo eu não queria a menor aproximação e o mínimo sinal de conhecimento, porém, eu não pude escolher. A dona morte é uma ladra muito furtiva e ela roubou ao ponto de me deixar vazia.
De tudo que restou em mim, a coisa que mais se sobressaiu foi a dor. É verdade, o luto dói de tantas maneiras que eu não poderia jamais imaginar e que talvez eu jamais saiba descrever. O luto doeu psicologicamente, fisicamente e espiritualmente. Eu me sentia vazia e solitária, em todos estes aspectos. Então, eu aprendi que às vezes a gente deseja morrer, tão involuntariamente, que chega a ser inocente. É apenas o desespero para aliviar a dor gritando mais alto dentro de nós. E eu notei que vai ter muita gente solidária ao nosso sofrimento, mas também vai existir uma quantidade surpreendente de pessoas de alma dura, que insistirão em julgar nosso sofrimento e tentar nos roubar o direito de viver o luto. Sim, o luto precisa ser vivido. Afinal, ele é também uma etapa da vida: nascemos, vivemos e morremos. Neste espaço do “vivemos”, enterramos quem amamos. Estar de luto significa que você está vivo.
Chega um tempo em que lutamos insistentemente por melhorar, queremos sair daquele poço fundo e parar de sofrer, algo dentro de nós teima em reagir. E, neste momento, fazemos de tudo, topamos qualquer parada. É a hora que os mais aventureiros fazem besteira, entram em alguma fria. A realidade é que tudo não é mais que uma busca incessante por uma forma de arrancar do peito a dor sufocante da ausência de quem amamos. Na ânsia de esquecer muitos de nós cometem as piores burrices de suas vidas. É preciso ter calma nestes momentos. É preciso ter constância. É imperativo buscar a paz.
Eu aprendi também que nem sempre os médicos estão certos e que para a psiquiatria o luto tem tempo. Como categorizou o psiquiatra: “Luto é por três meses, quando passa disso é depressão. Você está em luto há cinco meses, portanto, está em depressão.”. Saí do consultório com um misto de ressentimento e revolta, amassando uma receita de tarja preta nas mãos. Se enterrei alguém que amei por 15 anos, como eu poderia simplesmente esquecê-lo em três meses? Jamais imaginei que o luto devesse ter data marcada para terminar. Para mim luto é enquanto a pessoa me fizer falta e, neste caso, é para sempre. Se existe um alívio melhor que chorar e deixar as lágrimas apenas escorrerem em silêncio, eu ainda não descobri qual é. Mas tenho certeza que, ao menos para mim, dopar meus sentimentos com medicamentos e fingir não sentir nada jamais solucionará meus problemas. Quando alguém disser: “Não chore!”. Teime e chore sim. O choro é necessário, a tristeza é saudável.
Aprendi também que as realizações pessoais a serem comemoradas se tornam alegrias com uma pontinha de tristeza e é preciso coragem para enfrentar isso. É preciso coragem para comemorar cada coisa que você desejou festejar ao lado daquela pessoa que não está mais ali, é preciso força para continuar e é preciso audácia para dar valor à sua própria vida e às suas conquistas, quando a pessoa com quem você sonhou em dividir não está mais ali. A vida após um luto consiste em um exercício diário.
Dia após dia, as nossas reações se modificam, nossos sentimentos se acalmam. O desejo de convulsionar em lágrimas dá lugar a uma saudade comprida e cheia de amor, recheada de lembranças que chegam de repente, no meio da tarde e nos arrancam um sorriso meio bobo. A passagem daquela pessoa em nossa vida passa a fazer todo o sentido. É trivial, mas era como tinha de ser. Se não fosse assim, não seria minha história ou a sua ou a dele.
Aos poucos entendemos que a vida não para em prol do nosso sofrimento, o mundo não deixa de girar para sofrermos, tudo permanece como está e segue o fluxo normal. Então, gradativamente conseguimos nos adaptar. Voltamos a viver. Eu aprendi que existe vida após o luto. E uma vida mais consciente de que o tempo é curto, que o verdadeiro amor é raro, que Deus existe, que amar exige compaixão, que as pessoas mais importantes de nossas vidas sempre estiveram ao nosso lado, que o destino nos leva a cumprir nossa jornada e que vale à pena esperar. Mas a maior de todas as coisas que eu aprendi é que se mil vidas eu tivesse, mil vidas eu aceitaria enfrentar essa dor, apenas pelo prazer de todo o antes que vivi ao lado dele. Se ter a história que eu tive, exigia carregar esta dor, eu a carregaria mil vezes sem a menor dúvida. Com o luto eu aprendi a jamais me arrepender de amar.
eu vivi isso há seis anos atrás, e ainda vivo, quando ele me deixou, o que mais doí é não ter me despedido de ter dado um último beijo, um último fique com Deus. Você escreveu tudo o que eu senti quando meu amor se foi é desesperador, a gente fica vazia.
Eu conheço essa falta que a despedida nos causa. Força. Tem sempre um jeito de continuar… E no fim das contas, eu acredito no depois. Depois de tudo esse luto vai acabar. Eu creio firmemente no reencontro do amor verdadeiro.
Vc foi muito inspirada e abençoada a escrever esse texto, Vc descreveu exatamente o que senti com o falecimento da minha mãe em 21/02/2011
seu texto me deu um pouco de alivio, faz 47 dias que meu companheiro de 30 anos, que foi um anjo da guarda me proporcionou uma vida maravilhosa ao lado dele,com muito respeito, dedicação, honra e um amor que poderia ser palpável de grande que era, sofro todos os dias a angustia me persegue com um alfinete e me pinica a todo segundo, dizem que melhora com tempo, o dificil é a falta de respostas, as duvidas e as culpas do que eu poderia ter feito para evitar essa separação, tb a curiosidade e preocupação de onde ele esta , como esta, e não poder cuidar dele…………………..
Perfeito!
Foi a primeira vez em 5 anos e meio que li algo que exprime exatamente o que eu senti e sinto.
Eu sempre disse – sou psicóloga – que luto não tem prazo de validade e cada um elabora como consegue com as ferramentas internas que possui…
Sofremos pela falta da despedida, por tudo que acabou e por tudo o que poderia ter sido e não foi…
Parabéns e obrigada!
Muito reflexivo e bonito o seu texto Randyna! Perdi tragicamente meu irmão primogênito há um ano e ainda dói muito. Mas Deus nos consola e aprendemos a aceitar essa ausência. Meus sentimentos pela sua perda! Que Deus te console! Beijos
Deus é a força que nos mantém de pé. O primeiro ano é mais difícil, o desespero diminui com o passar dos anos. Viva seu luto, é preciso vivê-lo mesmo. Que Deus nos console sempre. Grande abraço.
Estou passando por essa dor do luto… ha um mes e meio perdi minha bebezinha, e é como vc disse… se eu tivesse que carregar essa dor , mil vezes eu carregaria só pra poder viver essa historia… eu e minha doce Lais!!!
Eu nem sei o que dizer… A sua dor é dessas que deixa mudo… Só posso imaginar que com as asinhas de anjo dela, a Laís deve olhar para a mãezinha dela do céu e pensar o quão abençoada ela foi por ter tido uma mãe tão amorosa. Não deixe essa dor te abafar. Resista. Somos mais fortes que imaginamos. Força, fé! Um forte abraço. Deus te abençoe.
Eu nem sei o que dizer… A sua dor é dessas que deixa mudo… Só posso imaginar que com as asinhas de anjo dela, a Laís deve olhar para a mãezinha dela do céu e pensar o quão abençoada ela foi por ter tido uma mãe tão amorosa. Não deixe essa dor te abafar. Resista. Somos mais fortes que imaginamos. Força, fé! Um forte abraço. Deus te abençoe.
Estou vivendo um momento de luto onde nada para mim faz sentido.Nao tenho motivação para ir ao trabalho, cada sorriso me dói como se estivesse sendo apunhalada.Ja se foram 3 anos e meio da perda do meu único filho de 7 anos… Vc escreveu tudo o que sinto neste período…
Com o tempo as coisas vão ficando mais aceitáveis… Você vai encontrar uma forma. Cada um tem seu tempo, o de algumas pessoas demora mais, o de outras menos. Fique firme. Sinta-se abraçada.
Há um mês perdí meu irmão. Pense em uma pessoa doce e alegre.Daqueles que os filhos ficam ao redor de suas pernas o tempo todo.Está doendo fisicamente .Sei bem como essa dor parece ser o nosso fim.Eu acho que vc deveria procurar uma ajuda psiquiatrica.Nao pelo tempo do luto mas para vc se sentir melhor.Remédios existem e eu sei que fazem muito bem e nos ajudam a ver uma saída que sempre esteve na nossa frente e não conseguimos ver por causa da tristeza e depressão. Sua perda foi imensa mas só temos dois caminhos:ou paramos e sofremos até morrer ou andamos e vamos vivendo até o dia que só vai ficar a saudade .Deus nunca te abandonará.Converse com ELE.Abracos
Parabens , dificilmente alguem terra tanta sensibilidade, sentiments Tao prof undos e resist comovoce o teve…E tudo isso com uma simplicidade e um estilo invejavel ! Digoxin isso com a Autoridade de quase oitenta anos de vida dentro da dor recente de um amor de Mai’s de cincoenta anos de historia. O que me traz alivio e lembrar o que appendix nessa caminhada: SAUDADES E O AMOR QUE NÃO MORRE….
Quisera eu ter vivido tão longo amor… Como já dizia Camões, “Para tão longo amor, tão curta a vida…”. O amor não morre e eu, no meu íntimo e em todas as minhas convicções pessoais, creio no reencontro. Sei que no momento oportuno vou reencontrar meu amor que partiu. Meus parabéns pela extensa jornada, imagino como deve ter sido bela. Um forte abraço. Muita luz e paz.
Testo lindo! A minha amada mãe faleceu há pouco mais de 5 meses. E a descrição da dor é esta mesmo. O choro vem sem aviso e em qual lugar. A dor é constante. Meu remédio hoje é a oração, que hoje está mais calma, mais ja foi mais urgente. Fiquei emocionada!
Que o tempo e o amor de Deus lhe tragam calma e consolo. Forte abraço!
Isso é exatamente o que estou vivendo, perdi meu bebe a 5 meses, essa dor é a pior so mundo. ?
Sim, é uma grande dor, especialmente essa de mãe e filho, mas você vai encontrar uma forma de caminhar com essa dor. Fique firme. Forte abraço!
Todos meus sentimentos refletidos nesse texto..uma dor rasante. …tristeza infindáveis. APÓS 21 anos de companheirismo cumplicidade e amor. ..de repente ter que se despedir sem despedidas sem um último adeus. É a maior expressão de dor e perca…luto sem fim. . E como dito no texto: o que me sustenta é a fé inabalável que o reencontrarei na eternidade
É realmente esta certeza que nos mantém vivos, é esta esperança que nos faz seguir em frente. Força! Grande abraço.
Randyna, o teu texto eh uma oracao consoladora das nossas dores. Obrigada por tao grande sensibilidade! Grande abraco!
Que bom que gostou! Que bom que eu ajudei um pouquinho. Forte abraço.
Disse tudo Helena!
Estou vivendo o luto está dificil meu filho faleceu está com um mês estava com 28 anos e pra mim ele está trabalhando Deus está me dando muita força para passar por tudo isso hoje é a missa de um mês e doi demais sua ausência
Lamento muito sua perda, o primeiro ano é muito difícil, mas o tempo será o seu maior aliado. Forte abraço! Deus te fortaleça.
oi sei como esta se sentindo ..minha irmã esta passando por isso faz 10 meses perdeu seu filho com33 anos .Hj nem com a maior paarte da familia fala acusa de não ter tido o apoio necessario para ele qquando se encontrav doente .È muito triste !
Oi Rosemery
Exatamente essa foi a receita para suportar a viagem de volta que meu filho fez.
Ele tinha 29 anos, deixou 3 netos e meu mundo se tornou cinza e por mais que eu tente viver, sempre falta alguem. Consegui ficar forte pois meu marido desenvolveu crise de ausência, minha mãe estava com alzheimer, e minhs sogra hipertensa. Por eles eu sobrevivi, e tem sido assim… No primeiro ano é muito dificil. depois desse periodo aprendemos a conviver, mas não sentir essa ausencia é impossível.
Força Rosana.Vc é forte mais do que pensa.
Lamento muito sua perda, o primeiro ano é muito difícil, mas o tempo será o seu maior aliado. Forte abraço! Deus te fortaleça.
Lindo ! Sensivel ! Delicado ! Contundente! Preciso ! Uma mistura de emoções fortes que mereciam ser descritas. Parabéns pela sensibilidade, pela empatia com as pessoas que comentam o seu belo texto que é uma das preciosidades que garimpamos na internet. Meus sinceros sentimentos a todos que buscaram nessas palavras o seu alento…
Muito grata pelas suas palavras. Forte abraço.
Muito obrigada por suas palavras. Fique com Deus. Forte abraço.
” Por um mundo com mais empatia. Bom Senso. Respeito. E boas palavras. Que a gente se coloque mais no lugar dos outros. E pense bem antes de falar ( ou escrever). É sempre bom lembrar que existe um mundo inteiro dentro de cada um. E tocar nesse solo sagrado é um ato de responsabilidade. Que sejamos seres humanos mais humanos. Mais gentis. Mais generosos. Que sejamos – simplesmente – gente que a gente possa admirar . E amar. ” Parabéns, Randyna ! Bons ventos a todas (os) vocês !!!
Compactuo de sua prece. Obrigada pelas belas palavras. Forte abraço.
Comentário:não tem como evitar, quando o coração está de luto… a dor é inevitável
Sim. Mas o tempo é um forte aliado. Forte abraço.
Nap concordo em nada com voce, o luto e eterno, nada tem graça, nem pessoas, o mundo nao significa nada.Eu ja perdi marido em acidente de carro.Ele morreu com 29 anos.Sofri muito.O que me ajudou na epoca foi minha filha com apenas 7 anos.Ele morreu dois dias antes do aniversario dela.A dor demorou, precisei fazer tratamento, mas graças a Deus eu segui em frente.A quatro anos uma semana apos meu aniversario perdi minha irma que era meu tudo.Como eu a amava e amo.Estava me ajudando na minha sindrome do panico.Com a morte dela hoje alem da sindrome tenho depressao.E diferente a morte de um marido, com a morte daqueles que tem seu sangue nas veias.Perdi amigos, primos, tios, mas nada se compara a esta dor de perder alguem da sua familia, seu sangue.Fiz todos os tratamentos ´possiveis para melhorar.Perdi os amigos da onça, graças a Deus, porque ninguem quer saber da sua dor, nem mesmo da familia.Talvez eu seja a unica louca da familia e nao sei.Me isolei do mundo.Pouco me importa se cair um meteoro na terra, que se dane.Nem sei porque ainda existo.Odeio viver presa nessa dor e dependente de medicamentos.O TEMPO NAO CURA NADA, so camufla sua dor.
Que lindo! Que amor!
Minha mãe faleceu em dezembro…e seu texto reflete meus sentires e minhas esperanças…Obrigada…
Bom saber que não estou sozinha passando por isso e que o Amor sempre vale a pena e fica!Pra sempre!
Que bom que este texto conseguiu ajudar de alguma forma. Força!
Fico feliz que minhas palavras tenham te ajudado de alguma forma. Forte abraço!
Lindo texto me tocou profundamente!Passo por uma profunda dor de separação na qual parece tomar conta de todo o meu ser. Me sinto como se nada mais me fizesse a menor importância e a cada dia que passa essa dor me consome mais e mais.A minha única força vem de Deus que me faz acordar e me levantar todos os dias! Um verdadeiro luto.Obrigada pelas suas palavras me tocou na alma!abraço.
Com o tempo tudo na vida se ajusta, ainda que nada seja como antes. Fique firme!
Que texto gostoso de ler!!!
Quanta sensibilidade.
Quanta facilidade de expressar sentimentos!
Qta coragem de chorar…E qta certeza, que valeu a pena.
“Então, diga que valeu! O nosso amor valeu demais!”
Que bom!
Temos motivos para agradecer!
Obrigada! Beijos
Muitíssimo obrigada por suas palavras.
Este texto reflete o que estou sentindo…
Meu grande amor dá minha vida se foi no dia 12 de setembro de 2016….
Saiu para levar a nossa filha de 11 anos ao colégio e depois como fazia todas as manhãs, ia para o parque caminhar.
Morreu derrepente andando , de embolia pulmonar…
Este ano íamos completar 30 anos juntos.
Desde do dia que ele partiu, não paro de chorar, tenho vontade de ir atrás dele, mas penso na nossa filha que foi feito do nosso grande amor…
Não tenho vontade de fazer nada .
Mas levanto todos os dias e vou trabalhar, pois tenho que manter a nossa filha…
Com o tempo a saudade só aumenta e a dor no peito tbm, chego a perder o ar.
Tenho insônia todas as noites, nem com remédios que o psiquiatra receitou, não consigo dormir…
Minha Fé está muito distante, não aceito a partida dele….
As vezes acho que as minhas forças estão acabando….
Como dói sentir saudade de quem se ama…..
Sim, a dor da saudades é muito grande, é indizível. Mas com o tempo você vai aprender a ficar forte.
Obrigada por esse texto tão lindo e real, revi o que passei com o falecimento do meu pai. Hoje reconstruída, penso com muita clareza que o luto precisa mesmo ser vivido, sem período pré determinado, o desespero passa, as lágrimas e as orações nos ajudam…aos poucos a saudade e as recordações de todo amor vivido serenam nosso coração, nossos pensamentos e a gratidão pela história de vida é que fica. Obrigada pela forma tão delicada e simples da abordar esse assunto tão denso!??
Seu texto conseguiu transcrever em palavras quase tudo o que sinto e vivo com o luto pela perda de minha mãe. Suas palavras falaram forte ao meu coração. Muito forte! Parabéns!
Texto tocante. Texto de extrema sensibilidade. Como eu, muita gente se identifica. Como o luto, teu texto arranca lágrimas. Obrigado por sentir o que eu sinto há anos.
Rândyna, obrigado pelo texto. É bom ler de outra pessoa aquilo que se sente sozinho. Ainda estou me reestruturando, numa caminhada que já dura mais de seis anos, mas amanhã há de ser outro dia, com um outro lugar pras dores e saudades. Abraços fraternos!
Perfeito! É exatamente assim que nos sentimos. Perdi minha mãe há duas semanas. O mais incrível eh quando disse das alegrias. Queremos dividir com quem amamos nossos momentos felizes.
Laurinha,que Deus te abençoe e continue te dando coragem e forca,para aguentares esta Dor da Perda,que te rasga o peito! É inusitado o quê de repente,nos é apresentado,sem,pelo menos,ter nos avisado,que uma saudade intensa nos perseguirá pela vida inteira. Segue em frente,alimentado e nutrindo o teu mundo até que a seiva da saudade se derreta em tua alma,te chamando e guiando teus passos,serenando esta imensa Dor da Perda! Um beijo e a minha solidariedade neste momento inconfortavel! Chuca.
Eu perdi meu noivo dia 17/07/2017 estávamos fazendo planos, ele chegou fazer consorcio de casa, estava ajuntando dinheiro para dar no primeiro lance que seria em dezembro e ano que vem nos si casaria, eu todos dias que ele estava internado eu orava, lia a bíblia, e tinha muita fé que ele seria curado, mas veio óbito, hj não tenho fé, não consigo orar, minha vida nao tem mais sentido, sinto uma dor tão grande, que sempre peço si o Senhor tiver algo para fazer ainda na minha vida faça ou si não me leva, meus sonos nunca mais foram os mesmo, sonho com ele todos dias sonhos que parece ser real quando eu acordo, vejo que só foi um sonho ?
Passei por isso tbem. Isso de perder a fé. Tambem rezei li a biblia e tinha total certeza da cura. Tanto que quando veio o obito eu nao acreditei. Faz duas semanas apenas, mas eu perdi a fé. Nao consigo mais rezar. Vc como esta apos 1 ano de perda?
Randyna, esse é um dos textos mais lindos que já li e que coloca em palavras tudo o que vai dentro do peito quando perdemos alguém que amamos! Tomei a liberdade de compartilhar o link na página do grupo que coordeno, o SobreViver, um grupo de apoio à perda gestacional ou do recém nascido. Tenho certeza que muitas famílias em luto se beneficiarão das suas palavras. Muito, muito obrigada! <3
MAravilhoso texto, expôe exatamente aquilo que sentimos. Minha maior perda até aqui foi de minha avó que ajudou a me criar, vivíamos todos na mesma casa e ela se foi relativamente cedo e de forma repentina, aos 63 anos, em uma viagem a passeio, a que foi toda feliz, e onde teve uma parada cardíaca. Eu sofri de forma muito pesada por cerca de um ano, no segundo ano conformei um pouco. Mas hoje, já passados vinte anos e ainda tenho sonhos com ela, onde ouço nitidamente sua voz, sinto a presença, o cheiro, o abraço, o sorriso. Quando acontece passo o dia triste, pois a saudade voltar com força. Nós nunca esquecemos as pessoas que amamos. A dor passa, a saudade fica mais serena, mas não acaba. E os anos não impedem que vez ou outra sintamos a ausência e as lagrimas reaparecem. Mas uma coisa é certa, ninguém nunca vai nos tirar os momentos que tivemos com essas pessoas que se foram, e elas não foram, elas são, apenas estão em outro plano acima do nosso… Gratidão pelo belíssimo texto!
Texto incrível. Estou em processo de cura. Depois de perder tempo e energia num relacionamento que não trazia retorno, finalmente entendi que estar sozinho não precisa ser solidão. E que o melhor a fazer era ir embora. Depois e 1.693.642 tentativas fracassadas, muita gritaria, choro e palavras de tons difíceis de se dizer e de se escutar, dessa vez sai sem dizer nada. Apenas me calei. No processo de cura, por muitas vezes fraquejei e voltei atrás, mesmo sabendo que logo em seguida viriam outras decepções, outras dores, mais lágrimas e tristeza. Hoje faz uma semana que tomei essa atitude e confesso, foi a ptimeira vez que choro (lendo esse texto). Mas hoje estou com o coração mais decidido, pois eu já estava indo embora aos poucos. Espero apenas ter forças para suportar o que por vezes è insuportável. E quando meu coração estiver finalmente pronto, quero poder viver um novo amor. Deve ter em algum lugar alguém que encaixe nos meu sonhos, com energia que combina…..
Querida, seu texto é incrível, sensacional!!!! Vc escreve sempre? Se sim, me diga onde publuca? Quero te seguir nas redes sociais pra sentir tudo o que senti lendo esse texto. Texto mágico, sensível, maravilhoso. Faltam adjetivos…. Parabéns, parabéns, parabéns!!!!!
Ola, Fabiola. Publico aqui na Soma e tb avulso por editoras. Meu face: Rândyna da Cunha.
Estou em luto há quatro anos, ao perder o grande amor da minha vida, meu marido Juares após conviver 30 anos juntos, sofro, vivo momentos de altas e baixas, as pessoas a sua volta, parecem querer entender, mas não gostam não tem paciência nem querem te ouvir, para mim o luto não tem prazo definido a partir do momento em que me sentia a pessoa mais feliz mimada e principalmente amada.
Muito obrigada por suas palavras, me comoveu.Deus te abençoe grandemente
Já li muitos textos, muitas poesias muitos pensamentos ….Mas e a primeira ,(nesses 4 anos que fiquei viúva), que li algo tão sincero tão coeerente e tao verdadeiro. Parabéns por expressar em palavras o verdadeiro significado do Luto.
Nossa chorei agora que texto perfeito estou passando por esse luto !!faz 2 meses que minha esposa faleceu com apenas 28 anos de câncer !! Vc descreveu exatamente o que eu sinto !!
Você escreveu td o que eu venho sentido há seis meses desde que meu marido faleceu, simplesmente parece que foi escrito por mim, e p/ mim, é td assim mesmo. O Luto acho que será eterno foram quase 20 anos entre namoro e casamento de uma união maravilhosa, fui muito feliz e ele partiu de repente da noite p/ o dia.
Gratidão pelo texto.
Randyna, você soube expressar claramente a dor de quem perde um grande amor, eu perdi meu marido a 4 anos e a dor é bem o que disse, precisamos aprender a viver com ela, porque o luto é eterno!
O amor continua e a saudade só aumenta!
Mas viveria tudo de novo a nossa linda história de amor!
Amor eterno! Amor igual ao dele eu nunca mais terei!
Parabéns pelo texto me descreveu perfeitamente. Faz 4 meses que perdi minha mãe e todos os dias peço pra Deus me levar também. Minha vida sem ela não tem sentido tudo q fiz até hoje foi pensando nela. Estou tão perdida e afundada numa dor sem fim
Estou exatamente na mesma situação que você. E também perdi minha mãe faz 4 meses. Parece que a cada dia a dor fica pior.
Estou passando por uma fase horrivel, perdi meu pai há 15 dias hoje… Está tudo muito dificil, não sei como me conter. Não tenho vontade de nada preciso sorrir o dia todo pq trabalho na área da saúde com público e preciso me segurar. Tenho vontade de fugir e sumir mas tenho que pensar no meu filho tb que precisa muito de mim… Estou tentando viver…
Há 1 ano e 8 meses meu querido filho me deixou, ele tinha apenas 17 anos, O q vc descreve é exatamente o q sinto, um mixto de sentimentos que só quem passa por uma perda enorme entende, tb acredito q viver o luto não tem tempo para acabar, ainda estou vivendo ele, e acho que será assim para todo o sempre.
A morte é a única certeza que temos mas é algo que parece ser muito distante das pessoas que amamos. Parabéns pelo seu texto pois exprime exatamente o sentimento do luto. Perdi meus pais. Sou uma adulta órfã. Passei por depressão e momentos de desespero. Aprendi que seria momento de agradecer a Deus por ter oportunidade de ter os pais maravilhosos e que a hora quando chegada é inevitável.
Lindo seus sentimentos descritos em palavras…
Essa dor que aproxima… que sufoca…que insiste em estar lá… mesmo depois de 11 anos da perda do meu pai…da perda de parentes queridos, tios, avós, bichinhos de estimação… sempre dói…
Aaahhhh a morte! Tão sabida que é inevitável e nunca estamos preparados…
Costumo dizer o que vc reforça com seu carinho nas respostas para acalentar tantos sofridos que já passaram por isso… o tempo!
O tempo nos ensina a acomodar essa dor dentro do peito, simples assim…
E assim seguimos nos redefinindo, resignificando nossa vida e apenas tendo a certeza de que haverá um reencontro porque Deus sabe das nossas necessidades.
Nunca passa, mas ameniza… temos que ter sabedoria para seguir em frente!
Obrigada por dividir sua dor e nos mostar que somos muitos unidos por um mesmo sentimento: a saudade!
Tua mensagem trás o que sinto… acho que terei luto até ser a minha vez cruzar o portal. A última parte então… 1 milhao de vezes. Me fez chorar como acontece com certa frequência. Meu amado filho está bem… mas eu preciso melhorar… Deus está sendo bom em fazer o tempo correr… 2 anos foram rápidos… Ainda estou buscando a minha receita para poder superar a ponto de levar a vida leve como era. Grato
“E eu notei que vai ter muita gente solidária ao nosso sofrimento, mas também vai existir uma quantidade surpreendente de pessoas de alma dura, que insistirão em julgar nosso sofrimento e tentar nos roubar o direito de viver o luto. Sim, o luto precisa ser vivido. Afinal, ele é também uma etapa da vida: nascemos, vivemos e morremos. Neste espaço do “vivemos”, enterramos quem amamos. Estar de luto significa que você está vivo.” Em especial achei esse parágrafo muito interessante. Meu esposo “viajou” há exatamente 3 meses e 15 dias. A saudade é cruel e fujo das pessoas para chorar. Elas na tentativa de serem úteis, acabam nos roubando nossa intimidade. Sim, eu quero relembrar sua voz, seus cabelos, seu jeito de caminhar; relembrar nossos momentos, eu quero chorar e sentir saudade em paz. Quanto tempo vai durar meu luto? Sinto muito, mas não posso precisar esse tempo. Deixem-me com minha dor e não irei procurar refúgio em remédios. Creio em Deus e na imortalidade da alma e a saudade é a mesma que se sente de alguém que foi viajar pra muito longe. Não sei se algum dia esquecerei nossos hábitos e costumes, nossas músicas e livros, nossos sonhos e esperanças; mas uma coisa apenas peço: Oh, por favor, não tentem me consolar. Quero ser livre e assim poder levantar os olhos e sorrir quando não precisar fingir. O Tempo é remédio para tudo e tudo ele ameniza.
NUNCA li algo que descrevesse o luto tão perfeitamente!!! Exatamente assim que senti,sinto,e,pelo,jeito,vou sentir até o fim dos meus dias!!
Desde que perdi meu pai há 1 ano e 9 meses,nunca mais fui a mesma a dor teima em ficar,e ás vezes parece que não terá mais fim! Muita tristeza,meu melhor amigo me deixou,meu pai,meu herói !
Randyn, seu texto me fez sentir um turbilhão de emoções. Nunca encontrei alguém que definisse meu sentimento dessa forma.
Perdi meu pai a 8 meses, e mesmo assim parece que foi ontem.
Obrigado por me acalentar com essas palavras sabias. Você mudou o meu dia.
Minha filha, de 15 anos, tirou a própria vida há 7 meses. No quarto ao lado do meu, todos estávamos em casa. Não vimos, nem ouvimos nada. Não conseguimos impedir. Menina linda, talentosa e muito, muito amada. Estava em profundo sofrimento emocional. Desde então, minha vida parou. Sinto uma dor enorme, dilacerante, no corpo e na alma. Tento retomar minhas atividades, trabalho, afinal, nada para pra esperar sua dor passar. Esforço-me para sorrir e até comemorar alguns momentos. Mas, de tempos em tempos, desabo. Não vejo sentido em nada. Olhos não tem brilho. Apenas a dor e a incompreensão do acontecido.
Vc foi iluminada ao escrever esse texto. Conseguiu colocar em palavras tudo o que nós, os enlutados, não conseguimos expressar. O luto é isso mesmo. A dor da partida é dilacerante, destrói suas forças físicas e emocionais. Ainda tenho uma filha de 6 anos q alimenta minha alma a levantar e continuar. Todos dizem q um dia essa dor irá se aliviar. Tomara. Que um dia eu consiga aceitar e transformar essa dor em amor.
Tbem moro em Brasília. Grande abraço.
Perdi meu filho de 36anos num tragico acidente há menos de 30 dias e ainda não consigo crer! Seu texto traduziu meu sentimento e rezo muito para ele e para que Nossa Senhora me ampare!
Faço minhas, suas palavras. Belo texto, que expressa muito bem a incompreensão que vivemos perante nosso luto. Os outros tornam nossa dor ainda maior.
Perdi minha filha de 5 anos, e toda a comunidade escolar se envolveu conosco na luta contra a doença. Voltar para a escola, onde meus outros filhos estudavam, foi dilacerante. Cheguei a ouvir: você está ótima, no seu lugar teria morrido. Ou como você está relaxada, já passou da hora de voltar a se cuidar. Estranhos me olhando com olhar de pena. Estranhos deitando no meu ombro e desabando a chorar. Médicos que me drogavam continuamente porque sofrer é inaceitável em uma sociedade onde a única coisa que importa é a produtividade.
Precisamos reeducar toda a sociedade sobre o luto. Hoje vejo que quase todas as demais pessoas vivem como se fossem imortais e o que aconteceu conosco foi um acidente único, como e a a morte fosse um acidente e não uma realidade.
Creio que a dor não acaba nunca, nem o luto. Uns dias ótimos, uns dias uma merda. Os dias piores vão ficando cada vez mais raros e dias melhores mais frequentes. Vamos aprendendo como ser felizes novamente, sem sentir culpa ou amargor. Sempre teremos um dia de merda vez ou outra, e saber disso é libertador.
A dor de perder alguém que amamos muito nunca é superada!Perdi meu pai fazem 5 meses,me dizem que eu deveria voltar a minha vida normal.Sair,ir a festas,ver meus amigos,mas a única coisa que eu quero é estar perto da minha mãe e do meu irmão…O luto é eterno,assim como o amor e o orgulho que eu sinto do meu pai!
Parabéns pela habilidade de por em palavras aquilo que parece indizível – a perda de alguém que amamos. Obrigada pelo compartilhamento
Seu testo descreve tudo o que tô passando,ainda tô no metade,falta a superação,perdi meu irmão a 2 meses de uma forma muito inesperada e tragica,tem dias que não consigo acreditar,e quando vem sua imagem em minha mente o peito dói de uma forma que chega a sufocar,tem uma parte no seu testo que diz que procuramos um geito desesperador de nos destrair pra tentar esquecer,e eu tô bem nessa fase e como vc disse também,e ai que temos que ter cuidado,eu sofro sozinha,choro calada,fujo pra chorar porque ninguém quer deixar eu viver meu luto!
Priscila.Eu também perdí o meu amado irmão derepente.Foi no dia dos pais.Ele tomava banjo para almoçar na minha casa com toda a família e sofreu um AVC.Ele era jovem e eu ainda não acredito muito.Acho que ele está lá na casa dele.Eu chororô no banho para não incomodar ninguém. Acho que só eu sinto tanta falta aqui em casa.Minha filha é muito nova e meu marido é de chorar escondido tbm.Eles eram muito amigos.Vai passar essa dor e nós vamos conseguir viver e ver cores na vida novamente.Confie em Deus e chore quando quiser.Deixe as pessoas pensarem o que quiserem…..abraços
Rândyna, você está completamente certa… O luto está para o tempo assim como o corpo está para a enfermidade, cada um sente e reage de uma forma diferente. Parabéns por se permitir viver e compreender a vida de uma forma tão clara e cheia de experiências. As experiências são os nossos maiores bens, são com elas que conseguimos aqueles tão preciosos momentos de felicidade, porque na minha vida eu aprendi que estamos sós e sim, a vida é curta e devemos viver intensamente cada momento porque não sabemos o dia de amanhã.
Na verdade eu estou pra completar 5 meses sem meu grande amor,a vida me pregou uma peça me tirando ele em poucas horas depois que saiu te casa pra voltar logo só que essa volta se resumiu como a pior dor da minha vida, tínhamos o sonho te ter uma família grande filhos, essa parte conseguimos tivemos 5 filhos mais tínhamos tbm o sonho te ficar velhinhos um tô lado do outro mais isso não vai mais ser possível pois com 20 dias te trazer a nossa neném ao mundo ele sofre um acidente que lhe custou a vida hoje estou aqui só para realizar o nosso sonho te ver nossos filhos grande. É uma dor que não tem como descrever de forma alguma, igual vc mencionou”uma ferida que vem de dentro para fora”!!! Só a fé pra ajudar a continuar e pensa que um dia nos reencontraremos de novo!
Rândyna, nunca li e nem ouvi nada tão parecido com o que sinto. Adoro ler bons textos, profundos relatos de acontecimentos e sentimentos. Pessoas que falam o que a alma dita impressionam, pois chegam pertinho de quem está do outro lado, dando aconchego a quem nem mesmo te conhece pessoalmente. Virei sua fã a partir desse texto e já somos amigas no Face. O luto não é só pela morte física, mas também pelo fim de um casamento, onde, de minha parte, existia muito amor, talvez ainda exista, nem sei direito se a decepção o matou, mas amo sentir o que eu sentia quando estava com ele. Gratidão e Admiração por você. Sinta-se carinhosamente abraçada.
Amei e me identifiquei com tudo que vc escreveu….Vivo o luto da perda de meu filho mais velho , um ano e onze meses . Gostaria de receber mais coisas sua ou se vc tem algum tipo de ajuda neste sentido…Se puder me responder ficarei agradecida desde já.
Randyna. Boa Noite,
Realmente viver qualquer tipo de Luto, não se mede DOR. É pior ou igual.
Criei meus dois filhos sozinha. Éramos um amor fortalecido, forte, puro amor, eu te amo diariamente. Fica com Deus, dorme com os anjinhos. Como eu sempre dizia, que não construí minha casa como um castelo de areia e sim, uma casa feita de rochas. Na minha cabeça jamais meus filhos morreriam antes da mãe, é a lei natural da vida. Tenho dois Filhos Tati (35 anos) e Mano(fez 40 anos). E de repente meu mundo me desabou, fui jogada no fundo do poço. Acabou tudo, me senti sem forças, impotente perante a morte e perante Deus. Minha filha Tati, saindo de férias com o esposo, morreram num acidente de moto. Morte instantânea, dizer o que ? Absolutamente NADA. Fiquei anestesiada, completamente sem vontade de fazer nada. Graças a meu filho, que fez toda a parte burocrática. Eu só queria viver aquelas últimas horas, que me restavam ainda ao lado do nosso Porto Seguro. A nossa mana. Então no terceiro dia, pedi para meu filho que precisava de ajuda, um grupo, qualquer coisa, pq eu tb queria morrer. Então aqui em Porto Alegre, tem a Fundação Thiago de Moraes Gonzaga. Fundadora Diza Gonzaga. Ali, fui e cruzei a casa da Borboleta Azul. Hoje faz 2 anos, mas parece que foi ontem. Acredito que não enterrei minha filha no dia 13 de janeiro de 2017. É como jogar um punhado de terra todos os dias. Todos os dias lembro, choro, lágrimas escorrem de saudades, por olhar fotos e não acreditar que nunca mais irei ouvir sua voz, suas gargalhadas, nossos almoços, nossas ligações, pedir conselhos, Dia das Mães, Natal,Linda, minha Miss, manequim. Acabou tudo. Nunca mais será a mesma coisa, mas estou buscando fazer outro tipo de trabalho voluntário, como nossos moradores de rua, porque ali também temos irmãos com dores pior ou igual. Então a Fundação vamos trocando experiências com outros pais. Ali, enxergo dores iguais e até piores que a minha. Grupo de Apoio, só para pais. É ali que todas as quartas-feiras, me fortaleço, busco oxigenio, uma gotinha só para enfrentar mais uma semana. Procurando na minha Fé a Esperança do reencontro. Vivendo Um Dia de Cada Vez. O Agora. O dia de Presente. O amanhã é um milagre. Não deixo de orar nunca. Cada um dentro da sua Fé ou crença. Não é fácil. Eu Também odiava quando as pessoas me falavam em TEMPO. Hoje me pergunto, como estou conseguindo caminhar sem minha filha. Tenho meu amor de filho e meu netinho que é afilhado da Tati. Sempre mantenho minha filha VIVA, na minha memória. Acredito que isso me fortalece a mim. Cada um com a sua experiência. Por isso me identifiquei com o testo, é como matar um leão por dia. e Hoje foi só mais Um Dia. GRATIDÃO.!!
Eduardo ( Dudu) O luto é imtermporal e da a impressão que o pemsamemto que passa a prevalecer é a fé e a esperamça de um reemcomtro. Oro a Deus, a Jesus Cristo e ao Espírito Samto para que mum espaço qualquer e mas circumtamcias quer ELE determimar vamos movamerte estar jumtos mum cemário de paz, de comforto e do imemso amor que já experimemtamos duramte a vida material. ( peço desculpas pelo uso da letra M , falha do computador)
Hoje já faz onze anos e cinco meses que ele se foi, e eu fiquei!!! E o que ficou foi uma saudade que é sempre uma lembrança gostosa do nosso amor dos momentos que vivemos das nossas alegrias… vivo porque tive que viver, a vida continua… foram quatro anos e meio de um luto sem fim onde a minha vida parou, vivia porque respiro, durmo, como, etc. Enfim hoje estou vivendo com calma sem o sofrimento e o desespero da ausência, da falta da presença
Exatamente o que sentí e sinto. No início a dor imensa e lancinante que, com o passar do tempo, vai dando lugar a uma saudade melancólica, “comprida” e um vazio constante. E a vida continua, mas o brilho não.