A vida sempre nos ensina. Às vezes por amor, outras tantas pela dor. A gente cresce e no decorrer das situações cada um vai lidando e absorvendo as situações vividas de formas distintas. Mas uma coisa é certa, todos nós, independente das subjetividades existentes, deveríamos aprender a não guardar mágoas. Deveríamos ser ensinados, desde pequenos, a não remoer esse sentimento.
Guardar raiva é envenenar a alma, espremer o coração, destruir a mente. Remoer mágoa é perder o sono, perder tempo planejando alguma vingança ou desejando algum mal para quem nos magoou. Dedicar o tempo a alguém que nos causou mal é, no mínimo, desnecessário. Nossa vida muda o rumo, as coisas desajeitam, esquecemos de cuidar do que realmente importa e quando nos damos conta, a outra pessoa está lá, vivendo normalmente. Não vale a pena, entende?
Não quero dizer que é algo fácil. Mas é necessário. A gente precisa tentar, esforçar-se, lutar, trabalhar. A gente precisa ter em mente que a vida vai muito além do que ficar acorrentado a sentimentos que nos prendem e não nos deixam avançar. É preciso cortar, quebrar, destruir o que de mal nos invade. Existem muitas pessoas más por aí, mas o universo costuma nos entregar de volta tudo àquilo que andamos colhendo durante a caminhada. Então para quê se preocupar tanto? Para quê perder o controle de nosso caminho para tentar descontrolar o do outro?
Não guardar mágoas não é sinônimo de ser tolo. Tampouco quer dizer que a gente esquece sempre todo mal que alguém nos criou. Mas não deixar esse sentimento nos dominar é como soltar o pescoço do outro e ver que quem consegue respirar melhor somos nós mesmos. É colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente. É respirar tranquilamente e gastar o tempo cuidando do que realmente importa: nosso bem estar físico e emocional. Não ser rancoroso é algo que, com esforço e vontade, a gente pode tornar uma característica nossa e sentir todo o bem que ela nos traz. Alma leve e coração em paz.
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