“Lembre-se que não adianta ser um sobrevivente, a menos que você faça valer a pena sobreviver.” John Aldermen
Ao imaginar minha vida sem mim,
Ao atingir o limiar da possibilidade de, logo, não estar mais aqui
(apesar de sempre estar ciente dessa possibilidade)
Realmente o desejo que me veio foi apenas o de sobreviver.
De repente, tudo perdeu a importância:
Carreira, corpo, vida social, conflitos internos e externos, falta (ou sobra) disso ou daquilo
Nada tem sentido
Se eu não tiver VIDA.
Qualquer coisa se resolve sobrevivendo
Mas a minha vida sem mim não terá sentido
Não quero perdê-la, definitivamente…
Tenho tanta coisa para fazer ainda
Tantos sonhos para realizar
Tantos aprendizados a vivenciar
Tantas pessoas para ajudar…
E esse desejo, o de apenas sobreviver
Essa consciência de que, na vida, nada tem mais importância do que ela própria
Esse sentimento de que todo o resto perde a razão de ser sem a sua existência
Me dá um tapa na cara e me faz deixar de dar valor a insignificantes contratempos, desgostos e contrariedades
E enxergar, finalmente, que tenho muito mais do que preciso para ser feliz
Já.