Aquele suspiro aliviado, a paz voltou

Quando percebi, já dormi. E dormi tão profundamente que mal me lembro o que sonhei. Mas, lembro de estar triste e virando de um lado para o outro na cama, sem conseguir encontrar qualquer vestígio de tranquilidade que pudesse me fazer adormecer. Já parece tão distante, são imagens borradas que custam a ficarem nítidas de novo.

Será que também faz parte do sonho? Do sonho o qual já não me lembro mais? Os minutos que antecedem um sono inquieto são secos, silenciosos. Mas quando acorda. Ah, quando acorda… tudo é tão movimentado, e há tantas possibilidades, e o que existiu antes já não aperta mais. Existe um suspiro, existe uma lembrança mal formulada, existe até uma desorientação, mas não existe mais o desespero.

A cama voltou a ser macia e o travesseiro agora torna a ser abraçado. Não há mais o que temer, e para que temer quando tudo é tão incerto, afinal? Dentre sonos agitados e lágrimas molhando o lençol, há também a janela em cima da cama que seca o tecido, e deixa o ar entrar e limpar todos os restos de uma noite mal vivida.

E quando amanhece, encontro as paredes brancas, querendo ser escritas, querendo ser papéis de uma história qualquer.

 



LIVRO NOVO



"Paulista. Pisciana. 21 anos de excesso de sentimentos. Nada como um gole de café e uma dose de drama pra passar o dia. Meu bem, eu exagero até nas vírgulas."

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