Por Matheus John
Passamos toda a nossa vida em busca da tão sonhada Felicidade. Refletimos sobre ela a todo instante e vivemos esperando o tão sonhado dia em que seremos verdadeiramente felizes. A gente acumula dinheiro, muda constantemente de lugar, ingerimos substâncias que nos causam euforia, mas no fim a única coisa que encontramos é a tão temível angústia.
”Não procure por felicidades, graças bem-aventuranças distantes e desconhecidas, mas por aquilo que você gostaria de viver de novo e por toda a eternidade.”
Friedrich Nietzsche
Nietzsche parece propor que felicidade é um estado de espírito, causado por aqueles momentos em que nos sentimos eternos, livres e despreocupados com o passado e com o futuro, e vivemos o presente, o agora. Felicidade não é algo fixo e duradouro, isso é o que lhe torna tão desejada pelos Humanos, seres que tem por natureza a Angústia e nada mais. Fazer escolhas significa abrir mão de algo, ter que agregar valor para decidir o que se quer. Somos constantemente provados pela existência e pela própria razão, e exatamente por isso somos impedidos de deter a felicidade, e aprisiona-lá em gaiolas. Engana-se quem pensa de que para ser feliz é preciso edificar castelos e possuir riquezas imensuráveis. Quanto maior a riqueza material, menor a riqueza humana presente em nós.
”A felicidade é frágil e volátil, pois, só é possível senti-la em certos momentos. Na verdade, se pudéssemos vivenciá-la de forma ininterrupta, ela perderia o valor, uma vez que só percebemos que somos felizes por comparação.”
Ah! Se verdadeiramente soubéssemos viver no agora, aproveitar cada segundo e viver intensamente nossas emoções. Se em vez de julgar e criticar, soubéssemos edificar nossa própria existência e fazer dela uma verdadeira escola de momentos felizes e de superação. E como dizia o grande Charlie Chaplin, como seria bom fazer da nossa existência uma peça de teatro, daquelas que levanta o publico e gera vida, gera luz e sentimento. A felicidade, sinto muito lhe dizer, mas ela não se encontra nas redes sociais, nos restaurantes de Nova York ou nos Pokémons espalhados por ai. A felicidade está em você, por isso CONHECE A TI MESMO. Sejas o protagonista da sua vida, não perca seu precioso tempo sendo aquilo que não és, sendo aquilo que outros lhe pedem para ser. Ah! O mundo precisa de homens verdadeiramente livres, homens cuja essência é autentica. Homens que possam quebrar com as ideologias, com o preconceito e com o espirito de superioridade. HOMEM, CONSTRÓI A TI MESMO, SEJAS AQUILO QUE ÉS! HUMANO, DEMASIADO HUMANO…
”Uma era de felicidade simplesmente não é possível porque as pessoas querem apenas desejá-la, mas não possuí-la, e cada indivíduo aprende durante os seus bons tempos a de facto rezar por inquietações e desconforto. O destino do homem está projetado para momentos felizes — toda a vida os têm —, mas não para eras felizes. Estas, porém, permanecerão fixadas na imaginação humana como ‘o que está além das montanhas’, como um legado de nossos ancestrais: pois o conceito de uma era de felicidade foi sem dúvida adquirido nos tempos primordiais, a partir da condição em que, depois de um esforço violento na caça e na guerra, o homem se entrega ao repouso, estica os membros e sente as asas do sono roçando a sua pele. Será uma falsa conclusão se, na trilha dessa remota e familiar experiência, o homem imaginar que, após eras inteiras de labor e inquietação, ele poderá usufruir, de modo correspondente, daquela condição de felicidade intensa e prolongada.” Friedrich Nietzsche, in Humano, Demasiado Humano
Via Demasiado Humano