Nos últimos dias, tenho lido muitos textos sobre pessoas que se dizem vítimas de sua própria bondade.
São àquelas que se colocam à disposição para desempenhar um papel generoso na vida de alguém e logo viciam, começam com pequenos favores e de repente, esquecem a própria vida e se doam de corpo e alma para o outro.
Ajudar as pessoas é uma missão louvável, desde que você saiba exatamente o quanto pode se dedicar àquela tarefa e o quanto essa “ajuda” não vai sacrificar uma parte importante do seu tempo que deveria ser preenchida com gentilezas em prol da sua própria felicidade.
Algumas relações têm objetivos bem delineados e prazo de validade estabelecido. Acompanham o tempo de duração dos benefícios e ponto final.
Aquela história de “uma mão lava a outra” simplesmente não funciona. A ajuda, o “socorro” é sempre unilateral e você se flagra sempre se doando mais que o necessário, correndo pra cumprir compromissos que não são seus, se sacrificando pra estar presente onde você não se encaixa e não chega a ser nem um adorno, ou seja, você é praticamente um trouxa profissional.
Não é que vai cobrar retorno pela gentileza que faz nem ficar fazendo conta e anotando as alegrias que proporcionou a alguém, considerando que a gratidão é atitude fora de moda nesses tempos “líquidos”, o mínimo que se espera é um agradecimento.
Mas não é isso que acontece. Sua “generosidade” é considerada apenas mais um ato de quem está disponível demais, com o coração escancarado enquanto o outro apenas aceita o “serviço”.
Torne-se indisponível quando perceber que está desempenhando sucessivos “papéis de trouxa”. Não se doe exageradamente a ponto de colocar em risco o seu amor próprio.
As boas relações não precisam de amostras e consideração de afeto o tempo todo, elas se sustentam pelo que têm de sólido e verdadeiro, e isso inclui todos os sentimentos benéficos e a reciprocidade.
Ser bondoso não significa ser “profissional em fazer papel de trouxa”. Ninguém quer ser ludibriado ou se sentir culpado pelo bem que faz.
A bondade e a culpa não andam juntas. Abandone essa mania de estar sempre disponível para os outros enquanto sua alma esperneia.
Abandone os favores improdutivos e as amizades temporárias. Saiba direcionar essa explosão de bons sentimentos para o que/quem realmente precisa e agradece.
Gente, o site está cada vez melhor. parabéns pelas postagens. Vocês são geniais. Virei fã <3
Obrigada, Gabriela! ?
Uma merda