Dizem por aí que se conselho fosse bom não se dava, vendia. Não acho que seja para tanto. Afinal, ouvir uma opinião alheia pode ser importante e saber o ponto de vista de quem está enxergando, de fora, determinada situação nossa pode ser mesmo necessário, não nego. Mas olha, isso, para mim, não quer dizer que precisamos deixar que tudo nos influenciem e que os outros ditem nossos passos. Até porque existem pessoas que exageram. É incrível.
Tem gente que está o tempo todo dando pitaco em nossa vida. E é aí que mora o risco, meu caro. Cuidado com esse tipo de gente e cuidado para não ser desse tipo. Querer ajudar e ser ajudado, é comum, somos humanos, precisamos disso. Mas existem limites importantes que precisam ser respeitados. Tenho pavor só de imaginar alguém conduzindo minha vida, ditando o que tenho que fazer ou não, dizendo qual caminho devo seguir, falando “olha, isso aí eu sei que não vai dar certo”, “olha, EU já passei por isso e sei como será o desfecho perfeitamente”, sempre em tom de quem já tem PHD na vida e nas vivências. E se tiver, que bom. Mas então que me deixe ir em busca do meu, porque ainda estou me graduando.
Deixe-me pegar o caminho errado, perder-me, quebrar a cara, apostar todas as fichas na pessoa errada, fazer escolhas e me arrepender. Não taparei os ouvidos para os conselhos, mas não garanto segui-los sempre. Porque acredito que não existe fórmula certa para o amor, amizade, felicidade(…). O que deu certo para você pode não dar para mim e vice versa. Não é egoísmo ou arrogância. Jamais. Mas eu sempre fui do tipo que se entrega a vida, que não tem medo, que quer aprender e amadurecer com tudo que vier. Não quero previsões de gente que acha que sabe de tudo, querendo me pôr freios. Agradeço as preocupações (as sinceras), mas não me leve a mal, por favor, só me deixe viver.