Por Patrícia Pinheiro
Sabe, um dia desses, em um desses momentos únicos, em que mergulhamos na infinitude de nossos pensamentos e parecemos esquecer do resto do mundo, minha mente me fez a seguinte pergunta: o que dá sentido a vida?
O que nos faz ter a vontade de levantar todo dia pela manhã e abrir a janela, mesmo quando o sol insiste em não aparecer?
Talvez seja uma ousadia, e até mesmo bobagem da minha parte tentar desvendar esse mistério, mas acredito que a resposta dessa pergunta pode ser resumida em apenas uma palavra: o desconhecido.
Já parou para pensar se nossa vida fosse um livro escrito, a partir do qual teríamos acesso não só aos grandes, como aos pequenos acontecimentos de nosso dia a dia?
Sendo assim, você levaria o guarda chuva ao sair de casa, pois saberia que a chuva viria, mas não desfrutaria da sensação única que é sentir ela escorrendo pelo seu corpo.
Você não tomaria as decisões erradas, mas também não teria a chance de adquirir o amadurecimento que, muitas vezes, só elas são capazes de nos fornecer.
Você não escolheria se apaixonar e se envolver com alguém que, segundo seu livro, irá te fazer sofrer, porém não traria consigo lindas lembranças dos momentos que dividiram juntos.
Mas não. Felizmente não é assim. Somos convidados cada dia a ir deitar sem saber o que esperar do dia de amanhã.
E é isso, esse total mistério e infinitude de possibilidades que nos dá, se não o sentido, a vontade de viver.
Tudo bem, a vida pode até ser um livro, mas somos nós quem pegamos o lápis e o preenchemos a cada dia com nossas constantes descobertas daquilo que, até então, era desconhecido.