Escrevo. Erro a letra. Volto atrás. Sigo em frente. Cambaleio e no meio desse cambalear faço um giro na ponta da caneta que torna o texto mais belo do que seria. Apago tudo e recomeço. Assim são os dias: páginas em branco prontas para receber nossos rabiscos, prontas para receberem nossos eternos recomeços.
Não importa quantas linhas nos restam, mas sim como as preenchemos. Já amassei páginas, coloquei fogo e depois me peguei rindo de tudo o que foi. Porque já foi e nem eu sou mais quem fui. Deixei voar, deixei fluir.
Cada recomeço sabe envolver a vida numa ternura, numa força retomada, talvez até maior que a de antes.
Vibrar amor é deixar nossa vida elavada e plena de luz e harmonia.
É muito bom aprender, mas o mais difícil é desaprender. Difícil, mas não impossível. Carregamos certezas e medos que se deixarmos voar, se não tivermos fé no negativo, mas sim no positivo conseguimos descobrir a verdadeira borboleta que existe em nós. Assim podemos modelar e remodelar nossas asas como nos agrada e nos faz bem. No nosso ritmo, do nosso jeito.
No jardim da vida somos todos borboletas, umas no casulo e outras que já sabem como voar. Umas têm asas douradas, lindas de se ver e sentir pertinho da gente. Outras têm asas cinzas e tortas, mas se olharmos bem conseguimos ver o brilho escondido no meio, porque todos temos potencial para ser feliz, todos podemos voar se assim quisermos.
Tá se sentindo cinza? Então deixa seu brilho desabrochar, deixa sua essência o mundo encantar.
Mas lembre-se para que a borboleta possa encantar o mundo tem que haver antes o momento do casulo.