Já ouvi dizer por ai que existem coisas as quais a gente não desaprende nunca. Andar de bicicleta é um exemplo. Desde pequena me avisaram que se aprendi e andei apenas uma vez, nunca mais eu iria esquecer. E não é que é verdade? Depois de anos fiz o teste, e sim, continuei sabendo muito bem dominar aquele treco que nunca tive muita intimidade. E com inúmeras outras coisas por ai acontece o mesmo, isso é fato.
Mas existe algo que nós, seres humanos, estamos desaprendendo cada vez mais. A arte de olhar para o outro. Não, não estou falando de cobiçar, olhar com desejo, paquerar, desejar, sentir-se instigado e atraído. Isso é algo que também pode ser incluso naquelas “inúmeras outras coisas” que a gente, realmente, não esquece como se faz (risos). Mas estou falando, meu caro, é do olhar com pudor, carinho, respeito, sensibilidade.
A empatia está perdendo lugar para o egoísmo. A solidariedade emocional está sendo engolida pelo egocentrismo. O “você está bem?” está sendo substituído cada vez mais pelo “agora não, eu estou com problemas”. A disposição para, ao menos, tentar entender o outro, seja qual for a sua situação, não está sendo maior do que os julgamos e condenações. Taparam-se os ouvidos, abriram-se as bocas descontroladamente e viraram-se os olhares apenas para si. Está um caos.
Não estou dizendo para amar a todos, até aqueles que você não simpatiza muito, afinal, reconheço que existem pessoas que são de energias incompatíveis e criar algum vínculo torna-se praticamente impossível. No entanto, não seja rude. Não seja mal educado. E acredite, isso não é sinônimo de falsidade.
O que precisamos é a cada dia buscar um motivo que nos faça perder a vontade de olhar apenas para o próprio umbigo e levantar a cabeça para enxergar quem está ao nosso lado. Enxergar com um mínimo de afeição as pessoas que nos cercam. Ninguém precisa ser a reencarnação de Irmã Dulce ou Chico Xavier, mas, sem dúvida, precisamos trazer conosco e viver um pouco dos ensinamentos deixados por ambos, independente de religião ou crença. Porque perder a capacidade de olhar para o outro com respeito, é perder a capacidade de ser humano. E quando tal capacidade é perdida, aí tudo por dentro apodrece.
Cara! O olhar para o novo, para o belo, nos causam uma sensação de alegria eterna e paz interior.
A leitura de trás esta liberdade de pensamento humanizador, aliando sempre, o amor e as coisas boas da vida.
A gratidão, a possibilidade de admiração por coisas simples, causam-me esta comoção, de poder chorar quando olho a noite com sua lua fantástica, e penso que bom viver, contemplar o belo….
Olhar para o simples nos torna feliz, e nos deixa com o interiorizado de amor e gratidão…
Olhar para o simples nos torna leve…
Olhar para o outro nós traz sensação de humanidade, nós traz sensação de fazermos parte da sociedade, como ser sociável, e não como fantoches manipulados por um sistema, sem sentimentos.