Está difícil acompanhar o ritmo das manifestações. Se por um lado concordamos com as revindicações e protestos, por outro ficamos assustados diante do caos que o vandalismo oportunista provoca.
Hoje, nas redes sociais, fica exposto o conflito de idéias e ideais. Há o medo de estarmos sendo manipulados, quando dizemos que “Meu partido é meu País” e lutamos por um Brasil sem partido. Como acreditar que nossa democracia funcionaria assim, apartidária?
O direito ao voto é o que torna nosso país uma democracia, e lutar por um Brasil sem governo seria o mesmo que oferecê-lo a um governo repressor, que há muito não nos representa.
Dizemos que “O Gigante acordou”. Talvez seja esse o saldo positivo disso tudo. Perceber que nosso povo acordou e está atento. Atento às desigualdades, aos absurdos que nos enfiam goela abaixo dia a dia, às leis “curativas” do ministério, às discrepâncias salariais.
É hora de reflexão, de luta por uma nação mais justa e união. Mas que marchemos conscientes, pois luta sem direção não é luta, é baderna e só gera repressão. Como observou Paulo Moreira Leite: “Quem não perceber isso está condenado a travar a luta errada, com métodos errados, e chegar a um desfecho errado”
, Fá, amei desde o título, pois seguíamos como cegos e surdos. " Aguém" deu espelhos aos que não viam por negligência ou cegueira ou sedução.
Parabéns, seus textos sempre acrescentam.
E a pior das condenações, creio ser "perceber", e ainda assim não lutar…