Na madrugada de 13 de novembro, a pequena Indi Gregory, de apenas oito meses, encerrou sua batalha contra uma doença mitocondrial incurável, que afetava a produção de energia em suas células. Seu pai, Dean Gregory, revelou os tocantes momentos finais da filha, que faleceu nos braços da mãe, Claire Staniforth, após a retirada do suporte de vida.
Em uma entrevista ao Mirror, Dean descreveu o ambiente comovente que envolveu a despedida de Indi, revelando que a bebê deu seu último suspiro às 1h45, menos de 48 horas após a remoção do aparelho de suporte de vida. “Seu pequeno cordeirinho musical e Toniebox [caixa de som] estavam tocando. As meninas puderam abraçá-la, beijá-la e deitar na cama, o que nunca tínhamos conseguido fazer antes,” compartilhou Dean.
Indi, que lutava não apenas contra a doença mitocondrial, mas também enfrentava outros problemas médicos, como um buraco no coração, passou sua última noite ao lado de seus pais e irmãs. Dean descreveu o momento como horas de estabilidade, onde a família permaneceu ao lado da pequena.
Os pais relataram que, nas semanas anteriores, Indi estava calma e relaxada, mas o cenário mudou após o desligamento do suporte de vida. “No último dia dela, ela estava em uma dor intensa. O estômago dela se contraía por alguns segundos de cada vez. Ela sofreu. Foi horrível assistir,” compartilhou Dean.
Dois dias antes de sua passagem, a bebê foi transferida para uma casa de cuidados paliativos, após uma decisão judicial que proibiu o desligamento dos aparelhos em sua casa. A família travou uma longa batalha judicial para reverter a decisão de limitar o tratamento de Indi, chegando até mesmo a buscar ajuda do governo italiano, que concedeu cidadania para levá-la a um hospital em Roma.
O Papa Francisco, sensibilizado pelo caso, descreveu Indi como “um ser humano inocente e frágil, que em seu silêncio só pedia amor, relacionamento e cuidado”. A oferta do governo italiano de pagar pelo funeral emocionou a família.
Indi Gregory deixou um impacto profundo, destacando as complexidades éticas e emocionais envolvidas nas decisões médicas relacionadas a tratamentos invasivos.
Com informações de Revista Crescer