Recentemente, a jornalista Veruska Donato entrou com uma ação na Justiça do Trabalho contra a emissora Globo, pela qual era empregada. Ela alegou ter sofrido assédio moral, além de ter sido obrigada a alcançar um padrão de beleza exigido. Donato afirmou que o tratamento da emissora a fez desenvolver Síndrome de Burnout.
A audiência do caso está marcada para o dia 27 de março de 2023 e, se houver condenação, a Globo terá de pagar uma indenização de R$ 13 milhões.
O atestado médico da jornalista confirmou o estado de saúde e mostrou que ela precisou ficar de licença por 60 dias no ano de 2021, tratando transtornos emocionais ligados “às pressões do ambiente de trabalho”. “Uma dessas pressões recaía justamente sobre a aparência dos repórteres”, diz o processo.
Donato conta que era comum a pressão pelo corpo padrão e muitas vezes ela era orientada a não utilizar certos tipos de malhas para que o corpo não ficasse marcado. Além disso, a jornalista contou que tudo piorou conforme ia se aproximando dos 50 anos.
De acordo com seu relato, qualquer flacidez, ruga ou gordura “fora do lugar”, era alvo de críticas pelos chefes e pelo setor de figurino da emissora. Depois de ter ficado afastada por conta do Burnout, a jornalista foi desligada da Globo.
Conforme divulgado pela Folha de S. Paulo, Veruska trabalhou entre 2002 e 2019 como PJ, pessoa jurídica, mas mantinha uma rotina semelhante à de profissionais que trabalham em regime de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Por conta disso, a profissional pede que a emissora pague verbas trabalhistas, como 13º salário e FGTS, referentes aos 17 anos em que atuou como PJ.
Com informações de A Gazeta
