Brasileiros criam teste que detecta se você tem ou não covid em apenas 20 minutos

Apesar de desenvolvido na Austrália, dois brasileiros fizeram parte do grupo que criaram um novo teste de sangue capaz de diagnosticar a Covid-19 em apenas de 20 minutos.

O teste foi criado na Universidade Monash, na Austrália, e consegue identificar se a pessoa está infectada nesse curto espaço de minutos, ou até mesmo se ele já teve o novo coronavírus no passado.

São dois brasileiros entre os pesquisadores, os pesquisadores Rodrigo Curvello e Diana Alves, estudantes de doutorado na instituição australiana.

A pesquisa foi conduzida pelo BioPRIA e pelo Departamento de Engenharia Química da própria universidade, incluindo pesquisadores do Centro de Excelência ARC em Ciência Convergente BioNano e Tecnologia, conhecida pela sigla CBNS.

A notícia da criação do teste foi publicada na revista científica ACS Sensors na semana passada, 17.

O teste em si analisa a aglutinação de glóbulos vermelhos do paciente para detectar a presença de anticorpos criados em resposta à infecção pelo novo coronavírus.

Os pesquisadores foram capazes de recuperar leituras positivas ou negativas sobre a pessoa estar não infectada em cerca de 20 minutos.

Enquanto os testes atuais de PCR identificam pessoas que atualmente estão com covid-19, o modelo de aglutinação poderia determinar se alguém foi infectado inclusive recentemente, ou mesmo depois que se curou. Além de também pode ser usado para encontrar anticorpos gerados em resposta à vacinação.

Os pesquisadores acreditam que a descoberta permitirá a incrível testagem de até 200 amostras de sangue por hora.

“Essa abordagem simples, rápida e facilmente escalável tem aplicação imediata nos testes sorológicos para SARS-CoV-2 e é uma plataforma útil para o desenvolvimento de ensaios além da pandemia de covid-19. Somos gratos aos nossos alunos de doutorado por dar vida a isso”, afirmou o professor Banaszak Holl, chefe de engenharia química na Universidade Monash.

Os cientistas já fizeram o registro da patente do teste e agora estão correndo atrás de apoio comercial e do governo australiano para aumentar a produção.

Com informações Exame
Foto: Departamento de Engenharia Química da Universidade Monash/Reuters



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