A menina e a mulher
A menina ainda mora aqui.
Você não vê?
De onde você acha que vem o brilho nos olhos e o sorriso arteiro?
De onde você acha que vem o sonho e a semente que gerou o fruto mulher?
Fruto bento, fruto rebento.
Fruto bruto, fruto robusto.
Sim, ela também está aqui, bem aqui.
Você não vê?
A mulher que aprendeu com a menina e constrói os sonhos dela.
A mulher que, por vezes, se esqueceu da menina para não se lembrar da fragilidade escancarada nela.
Mas, elas estão aqui.
Como não vê?
A mulher e a menina entrelaçadas no corpo torpe. Hora sedutor, hora acalentador.
A mulher e a menina ecoando sons emaranhados. No que a voz exalta e o coração cala.
A mulher e a menina unificadas pelo caminho. Com o que uma aprendeu e a outra reaprendeu.
Mas atrevimento é o da menina.
Só ela para desarmar a rigidez da mulher.
E ela ousa, ela abusa, ela se mete.
Com a simplicidade de menina ela é um convite.
– Vem brincar comigo?
E a mulher na impulsividade que herdou da menina vai, de pés descalços, resgatar a nobreza de brincar.
De ser livre, de ser espontânea e de ser faceira como a menina.
Mesmo extasiada a mulher é competição e ambição.
Sobretudo, gratidão.
Por isso empresta o salto alto a menina, para que ela possa ver além dos muros que a cercam.
O salto, o batom vermelho e a dose de coragem que a mulher conquistou por elas duas.
– Vai menina!
– É só disso que você precisa.
– A força para ganhar o seu mundo eu já te dei, antes mesmo de você me conhecer.
– Você não vê, mas eu vejo em você, refletido no seu olhar.
A menina então segue sem olhar para trás.
Com a força e a coragem da mulher, com o coração e a essência da menina.
E ninguém sabe bem em que ponto uma se transformou na morada da outra.
Mas elas moram aqui.
A menina e a mulher.
Você não vê?
Você não vê?
De onde você acha que vem o brilho nos olhos e o sorriso arteiro?
De onde você acha que vem o sonho e a semente que gerou o fruto mulher?
Fruto bento, fruto rebento.
Fruto bruto, fruto robusto.
Sim, ela também está aqui, bem aqui.
Você não vê?
A mulher que aprendeu com a menina e constrói os sonhos dela.
A mulher que, por vezes, se esqueceu da menina para não se lembrar da fragilidade escancarada nela.
Mas, elas estão aqui.
Como não vê?
A mulher e a menina entrelaçadas no corpo torpe. Hora sedutor, hora acalentador.
A mulher e a menina ecoando sons emaranhados. No que a voz exalta e o coração cala.
A mulher e a menina unificadas pelo caminho. Com o que uma aprendeu e a outra reaprendeu.
Mas atrevimento é o da menina.
Só ela para desarmar a rigidez da mulher.
E ela ousa, ela abusa, ela se mete.
Com a simplicidade de menina ela é um convite.
– Vem brincar comigo?
E a mulher na impulsividade que herdou da menina vai, de pés descalços, resgatar a nobreza de brincar.
De ser livre, de ser espontânea e de ser faceira como a menina.
Mesmo extasiada a mulher é competição e ambição.
Sobretudo, gratidão.
Por isso empresta o salto alto a menina, para que ela possa ver além dos muros que a cercam.
O salto, o batom vermelho e a dose de coragem que a mulher conquistou por elas duas.
– Vai menina!
– É só disso que você precisa.
– A força para ganhar o seu mundo eu já te dei, antes mesmo de você me conhecer.
– Você não vê, mas eu vejo em você, refletido no seu olhar.
A menina então segue sem olhar para trás.
Com a força e a coragem da mulher, com o coração e a essência da menina.
E ninguém sabe bem em que ponto uma se transformou na morada da outra.
Mas elas moram aqui.
A menina e a mulher.
Você não vê?
Karla Lima