Carregue flores

A gente aprende todos os dias um pouquinho mais. Aprende a lidar com a dor, com a saudade de quem Deus levou, com as novas chegadas e mais ainda com as partidas.

A gente aprende que um sol quentinho e confortável, que forma aquela linda faixa de luz bem no meio da nossa sala, é um presente de bom dia do universo – e um convite para ser feliz.

Os dias vão passando e nos mostrando novas formas de lidar com as coisas, com todas elas. Quando menos se espera, o coração acalma, perdoa e inverte o caminho, pois mudar a rota é parte da trajetória – e é o que a deixa mais bonita.

A gente aprende que o amor pode causar dor e que sofrer por alguém faz parte da vida, mas fazer do sofrimento a própria vida já é uma triste ignorância.

A gente aprende que família é quem dá a mão na hora mais difícil. E que laços de sangue não dizem nada, só quem diz é o amor.

A gente aprende que algumas pessoas foram embora porque nem deveriam ter chegado. E que outros ficam por pura conveniência. E também há, claro, aqueles que ficam pelo simples desejo absoluto de estar ali, ao seu lado. Por favor, aprenda a reconhecê-los.

Se o que a gente leva da vida é a vida que a gente leva, você já pensou quanta bagagem desnecessária está carregando?

Tire das costas o peso da mochila de pedras. E, durante a viagem da vida, deixe apenas as mãos ocupadas:

Carregue flores.



LIVRO NOVO



Não nasci poeta, nasci amor e, por ser assim, virei poeta. Gosto quando alguém se apropria do meu texto como se fosse seu. É como se um pedaço que é meu por direito coubesse perfeitamente no outro. Divido e compartilho sem economia. Eu só quero saber o que realmente importa: toquei alguém? É isso que eu vim fazer no mundo.

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