Bióloga do Piauí faz parte da equipe de vencedor do Nobel de Medicina

Joanna Darck Carola Correia Lima é graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e integra parte da equipe de um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Medicina de 2019, o pesquisador da Universidade de Oxford, Peter Ratcliffe.

Joanna é piauiense e mora no Reino Unido, onde faz estágio no laboratório de Ratcliffe.

Ela é bolsista do programa de Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), além de fazer doutorado no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP).

Na sua pesquisa, Joanna elabora uma tese de como baixas taxas de oxigênio nas células (hipóxia) de tumores colorretais podem levar os pacientes a desenvolver caquexia, síndrome que consiste em uma perda severa de gordura e de massa muscular associada a uma extrema debilitação física, que pode aumentar tanto o risco de complicações e de morte quanto em diversos tipos câncer.

“Ela é uma aluna muito dedicada. Não por acaso é considerada pelo professor Ratcliffe a melhor que teve nos últimos anos”, disse Marilia Cerqueira Leite Seelaender, orientadora da Joanna no ICB-USP.

“Durante os primeiros anos do doutorado, verificamos que a hipóxia era um dos fatores que poderiam levar pacientes com câncer a desenvolver caquexia. A fim de compreender melhor o fenômeno, procuramos saber quem seria o especialista mais adequado e chegamos ao professor Ratcliffe”, disse Joanna.

O estágio da piauiense terminará em dezembro, mas ela acredita que este seja apenas o começo de uma longa colaboração com o vencedor do Nobel.

“É o ano mais incrível da minha vida. Nunca imaginei ter a oportunidade de estar na melhor universidade do mundo. O laboratório é espetacular, o professor Ratcliffe é uma mente incansável de ideias e extremamente disponível para os alunos do mundo todo. É uma oportunidade sem igual”, disse.

Nos últimos meses, a piauiense participou de um estudo liderado por Ratcliffe em que foi usado um antagonista da proteína HIF.

O resultado dessa pesquisa pode ser o início do desenvolvimento de um novo tratamento, trabalho que deverá contar com a participação da brasileira.

Com informações da FAPESP e PiauiHoje



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