É possível sim salvar o planeta do lixo plástico, e nem é tão difícil quanto se imagina. Quem oferece um ótimo argumento a favor desta afirmação é a Noruega, que criou um plano de reciclagem que já se categoriza como uma das formas mais eficientes e ambientalmente corretas para reciclar garrafas plásticas do planeta. O plano funciona na base do empréstimo, onde os consumidores são obrigados a pagar uma taxa pela compra de produtos em embalagens plásticas.
E tem mais, além dos consumidores, as empresas produtoras de plásticos também pagam por isso, mas conseguem isentar-se da taxa caso consigam reciclar mais do que 95% do plástico que produzem. Não é o máximo?
A Noruega consegue reciclar atualmente 97% das garrafas de plástico produzidas no país e a quantidade de garrafas de plástico que vão parar no meio ambiente, está abaixo de 1%. Além disso, 92% das garrafas que são recicladas produzem material de alta qualidade, fazendo com que o mesmo material seja reutilizado como embalagem de bebidas. Ou seja, o mesmo material chega a ser utilizado cerca de 50 vezes.
A reciclagem de garrafas plásticas no país funciona na base de empréstimos. O consumidor compra um produto que vem em uma garrafa plástica e paga uma taxa adicional por ela. Essa taxa pode ser resgatada de duas formas:
1. Os consumidores podem levar a garrafa até uma máquina disponibilizada por uma empresa de reciclagem chamada Infinitum. A máquina faz a leitura do código de barras da embalagem depositada e devolve o valor da taxa à pessoa;
2. Os consumidores levam a embalagem até pequenas lojas e postos de gasolina em troca de dinheiro ou crédito.
Vale ressaltar que a empresa de reciclagem Infinitumé consegue reciclar tão bem as embalagens plásticas, a ponto de torná-las próprias para retornar ao mercado tantas vezes. O dono da empresa, Olav Maldum disse que a intenção deles é fazer com que a população perceba que está comprando somente o produto dentro das embalagens, pois elas são só emprestadas.
Além da taxa que é cobrada dos consumidores, os fabricantes também são obrigados a pagar por produzirem essas embalagens. Trata-se do imposto ambiental variável sobre fabricantes de plástico e quanto mais a empresa recicla o plástico, menor é essa taxa. Se a empresa conseguir reciclar mais de 95% do plástico que produz, fica isenta do imposto.
Esse plano é tão eficiente que todas as empresas da Noruega são isentas dessa taxa desde 2011, pois trabalham fortemente no plano de reciclagem do plástico que produzem. Existe um grande incentivo para as empresas que se preocupam não só em vender seus produtos, mas também fazer o caminho inverso de recolher as embalagens, seja para reciclar ou reutilizar.
Também é muito importante que a aceitação dessa ideia seja unânime, ocorrendo desde os setores comerciais, indústria e varejo. As empresas recebem um incentivo por coletarem as embalagens dos produtos que venderam e os consumidores recebem um incentivo quando devolvem as embalagens ou levam para os postos de reciclagem.
O modelo de reciclagem da Noruega é, sem dúvida, uma das boas alternativas para livrar o nosso planeta do lixo plástico, e por isso merece ser copiado.
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Redação CONTI outra. Com informações de Green me
Imagem de Hans Braxmeier por Pixabay
Melhor do que reciclar o famigerado plástico é não fabricá-lo mais, nossos bisavós viveram bem sem ele e morreram de velhice em paz com a vida sem precisar dele. Secar a fonte, extinguindo a produção em série do material homicida é a solução definitiva, ou continuaremos enxugando gelo pelos próximos milênios, enquanto uma garrafa plástica estiver boiando no oceano ao lado de uma baleia morta com o estômago entupido com dezenas delas. Zerar a produção, eis a questão, doa a quem doer, já chega de tanto blá blá blá e idéias “maravilhosas”, tentativas mirabolantes apesar de bem intencionadas mas pouco eficazes em se tratando do colossal malefício e danos incalculáveis ao meio ambiente pois o que se noticia é apenas a ponta do iceberg e já parece muito, enquanto sacolinhas continuam sendo usadas em abundância desnecessária e criminosa para transportar alimentos embalados em plástico, arrumadas em bandejas de isopor ou em latinhas de alumínio. É claro, indústrias dificilmente vão abrir mão do lucro, e encarar o prejuízo de substituir por bio degradáveis a sua produção inteira de poluentes ambientais “apenas” para contribuírem com a saúde do Planeta, posarem de bonzinhos e saírem bem na fita. Por isso precisamos de super heróis corajosos, imparciais e sem rabo preso nos interesses financeiros, invulneráveis à kriptonita e aos gases de efeito estufa, sem medo de voar e rasgar a capa nos confrontos, porque os bons são minoria, são ingênuos, imaturos, mortais e não possuem visão de Raios X para enxergar, abaixo da superfície, a extensão do iceberg transformado no monturo do lixo nosso de cada dia, monstruoso, sinistro e invisível, perdoai-nos Senhor!