Sejamos o nosso próprio padrão de beleza!

No último sábado, assisti um filme na Netflix que me fez refletir. O nome do filme é “Felicidade por um fio”. Ele conta a história de uma publicitária perfeccionista. Vaidosa ao extremo, ela tem problemas em seus relacionamentos, pois não consegue ser ela mesma. Ela sente a necessidade de ser perfeita o tempo todo, e ignora o prazer de sentir-se linda sem maquiagem e cabelo arrumado.

Após algumas lágrimas, ela decidiu raspar seu cabelo em busca de autoconhecimento e percebeu que ele é a moldura da mulher. Porém, ele não é tudo. Me identifiquei com o filme. Quando mais nova, eu também era muito perfeccionista com a minha aparência. De certa forma, isso me fazia mal. Pode parecer vaidade, mas sofria de baixa autoestima.

Para vocês terem uma ideia, deixava de sair, pois achava que não estava linda o suficiente para tal ocasião.
Olho para trás e percebo a quão julgada fui por mim mesma. Queria ser perfeita o tempo todo, sabendo que ninguém é perfeito.

Podemos nos arrumar, contudo, não podemos deixar que a nossa aparência nos controle. Haverão momentos em que certas ocasiões revelarão o nosso cabelo desmanchado, a nossa cara amassada e a nossa face natural. E está tudo bem.

A sociedade prega que devemos seguir padrões. Ela prega que devemos ter uma barriga sarada. Ela prega que devemos usar as melhores roupas porque, só assim, seremos notados. Ela prega que devemos esconder as marcas das nossas faces. Ela prega que devemos usar os produtos mais caros em nossos cabelos, pois só assim não “armarão”. E a beleza natural, onde fica? Sim, a sociedade diz.

Mas quem é a sociedade para dizer o que devemos fazer?

Após alguns anos, entendi que antes da beleza exterior, devo valorizar a minha beleza interior. Os meus cabelos que antes eram alisados, hoje estão naturais. E foi uma das melhores decisões que tomei em minha vida. Sinto-me leve e muito mais feliz.

Não estou dizendo que devemos parar de nos arrumar, mas podemos ser quem quisermos ser. Não temos a obrigação de seguir nenhum tipo de padrão. Ignoremos a sociedade padronizada e sejamos o nosso próprio padrão de beleza.



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Estudante de jornalismo, radialista por amor, escritora nas horas vagas. Adora dar boas risadas, costuma passar os domingos de pijama assistindo filmes e séries. Apesar de não curtir baladas, é incapaz de recusar uma rodinha de violão, e para pra cantar junto. Mesmo desafinada, garante que é simplicidade em pessoa.

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