Eu quero um amor. Mas não é um amor meia boca, um meio amor, uma paixão e meia, um “eu te amo, mas”, um quase amor. Não. Eu quero um amor desses que segura firme a mão, que abraça no meio da rua, deita junto na rede, leva para beber cerveja com os amigos e não liga de assistir romance no cinema. Quero um amor desses livre de ciúmes e inseguranças, onde só o fato de querer estar junto e fazer por onde isso aconteça, baste.
Quero um amor com respeito implícito (o que para mim já faz parte do significado de amor, mas só para deixar claro). E quero um amor com noites em claro e dias de domingo dormindo o dia todo entre um filme e outro. Quero um amor desses que viaja junto, sonha junto, vai ao supermercado junto, mas que também sabe respeitar a individualidade.
Quero um amor inteiro que não some duas metades, e sim que transborde. Quero um amor com beijos demorados, olhares apaixonados, arrepios pelo corpo. Um amor que cuide nos dias ruins e que cuide também nos dias bons, um amor que dê saudade, mas também dê encontro para matar a falta. E que não seja livre de discussões, discordâncias, mas que elas sejam pequeninas perto da capacidade de entendimento, do poder do perdão e da vontade de superação. Quero um amor que me chame para ir assistir ao futebol, para ir ao show da minha banda preferida e para deitar mais cedo na sexta-feira e conversar da vida, comendo pizza.
Eu quero um amor inteiro, um amor e meio, um amorzão, um “eu te amo” e ponto. Eu quero um amor assim, que aceite todos os meus lados, mas me leve sempre para o melhor de mim. Que me entenda e me faça entender, que me ame e me ensine a amar, que me dê motivos para acreditar que em todas as vezes que acreditei ter amado, era só uma amostra do que estava por chegar.