Um dos meus filmes favoritos tem como mote quatro palavras-sentimentos sobre as quais eu, de forma muito ousada, vou me debruçar brevemente.
“Moulin Rouge – Amor em Vermelho” é um musical sobre a vida, e sobre verdade, beleza, liberdade e amor.
Verdade: é agir com o coração, movido por aquele sentimento fundo que espelha o que temos na alma. É ser verdadeiro com si e com o outro. É buscar a justiça, mas a verdadeira justiça, aquela que é boa para todos os envolvidos, que honra a verdade mais pura e honesta que reside no coração de cada um.
Beleza: não só a beleza física. Inclusive, esta reflete um estado de beleza interior. Quanto mais bonitos formos por dentro, maior a beleza externa. Isto porque ela não reflete só na aparência, mas no brilho dos olhos, na textura da pele, nos cabelos. A beleza externa, por si só, acaba, e quando não espelha a de dentro, é facilmente percebida e desmascarada. A beleza física que reflete a beleza da alma, esta dura para sempre, mesmo que os quilos variem e as rugas apareçam.
Liberdade: liberdade não só para ir aonde quiser, mas para pensar, agir e ser o que quiser. Liberdade para não fazer nada, para viajar sem sair do lugar, para conquistar o mundo. O seu mundo. Liberdade para ser quem se é.
Amor: amor por si, pelo outro, pela vida. Amor não é exclusivo de relacionamentos amorosos. É possível amar sem ter alguém em específico, amar o canto dos pássaros, o por do sol, o amigo, a imagem no espelho. Acima de tudo, a imagem no espelho e a pessoa que você é.
Este filme “Moulin Rouge – Amor em Vermelho” faz uma ode musical à estes valores tão caros, urgentes para uma vida completa e feliz. Deleito-me com cada música, com cada cena, e com a bela fotografia que exalta o vermelho. A cor do sangue, a cor da vida, a cor da paixão e das buscas.
Ver filmes é uma alegria, ainda mais em formato de musical-poesia. Porém, melhor ainda é transportar estes sentimentos de alegria e realização para o dia a dia, para a vida. É plantar no terreno da nossa realidade a semente da verdade, da beleza, da liberdade e do amor. É ver florescer cada vez que a regamos.
Não se engane, é preciso regar. A vida acontece sem nossa interferência. Contudo, precisamos interferir para que aconteça como queremos que aconteça, e não simplesmente exista. Plantando, regando e colhendo. É a lei da natureza.
Assim, este texto é uma semente. Semente de amor, a mais pura e completa. Que ao lê-lo, plante-a em sua vida, regue-a com carinho e tenha certeza: sua vida nunca mais será a mesma.
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