Cada um recebe de mim aquilo que merece.

Todo mundo é o que é, e ponto. Não se fala mais nisso. Porém, não é tão simples a matemática dos sentimentos, como as dos números. As pessoas são mutáveis também. Depende apenas de uma coisa: estímulo.

A gente recebe diversos estímulos no dia a dia. Aquela palavra carinhosa que chega no momento exato de uma dor, aquele abraço apertado antecipando a saudade que ficará, um cumprimento qualquer, uma gentileza corriqueira que mal é percebida e, assim, a gente vai se moldando em cada situação; não é falsidade, nem uso de máscaras, é adaptação.

Cada um recebe de mim aquilo que merece. A gente sabe o que é que remexe lá por dentro do nosso coração, guiando as nossas atitudes, a gente sabe. Eu posso ser uma pessoa completamente amorosa, ou fria, do oito ao oitenta, depende de como sou tratado. Me tratar com frieza e querer receber de mim carinho, é pedir demais. Não vou tratar com frieza igual, mas não me esforçarei para semear uma terra que não quer dar frutos.

Imagem de capa: Poprotskiy Alexey, Shutterstock



LIVRO NOVO



Nasceu no Piauí e cresceu em São Paulo, mora atualmente em Santo André – SP. Apaixonado pela área de exatas, mas tem o coração nas artes e escrita; trabalha e defende o meio ambiente e, as causas naturais: sentimentos; afetos; amor.

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