Sou o que sou.

Eu sou nervosa, impaciente, implicante, tempestade em copo d’água, preguiçosa, rancorosa, nada de rosa, uso preto. Mas, também sou paciente, inocente, conselheira, costureira (de corações), engraçada, estabanada, acordo cedo, vou malhar. Se eu quiser. Quando eu quiser. Eu bebo, eu choro, eu dou risada, gargalhada, eu como besteira, chocolate, um pé de alface, saio de chinelo, de chapéu, sem maquiagem, mascando chiclete, de óculos de sol na chuva, uso roupa larga, não dou satisfação, não uso sutiã. Porque eu quis. Porque eu estou assim. Eu sou o que eu quero, quando quero. O que eu posso, eu me esgoto em infinitas possibilidades de ser quem eu quero ser. Sou menina, sou mulher, bailarina, lutadora, advogada, escritora, sonhadora. Sou rouca, louca, loura, danço sem música e se não quero dançar ninguém me tira da cadeira. Amo conversar, mas detesto quem fala sem sentir. Gosto de quem tem paixão, que te incendeia, faz pensar, sonhar, querer, mudar. Gosto de quem gosta de mim e aprendi a gostar também de quem não gosta (mesmo que eu não queira perto). Sou sem religião, mas sou de Deus. Esse cara legal que é tudo o tempo todo, infinito e importante e que me cuida a todo instante. Sou do signo de terra, mas aprendi a criar asas e quero voar por aí. Sou esse texto todo. Talvez já não seja mais. Não sei. O melhor da vida é poder mudar. Mas de rosa eu continuo não gostando. Isso eu posso te dizer.

Imagem de capa: Nina Buday, Shutterstock



LIVRO NOVO



Formada em Direito, apaixonada por livros, pessoas e céu cinzento. Escrevo porque gosto e quando quero. Inconstante, dramática, sonhadora. Vejo 100 onde há um. Vejo um onde há 100 vazios. Confiável, confiante, e que siga a vida! Adiante...sempre.

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