Imagem de capa: Yuliia Chupina, Shutterstock
Não sei explicar o que sinto por você. Um misto de coisas tão boas que sequer sou capaz de descrever. Tenho seu olhar profundo e sereno gravado em minha mente e conheço todas as suas curvas. Principalmente aquela mais bonita estampada no seu rosto quando você sorri. Ela fica ainda mais linda quando você ri de mim e para mim. Sou especialista em anatomia quando o corpo analisado é o seu. Mas isso é só um detalhe, o que nos liga vai além das aparências. Nossas mãos se encontraram e se entrelaçaram tão perfeitamente, que nossa essência se tornou única. Mesmo com nossas diferenças, nos tornamos um, cada qual com sua singularidade.
E essa mistura de você comigo fez nascer alguém que, até então, eu não conhecia. Um alguém mais paciente e calmo que sabe ouvir, pois descobriu que mesmo estando com a razão, nem sempre compensa o desgaste de uma discussão para provar que se está certo. Alguém que descobriu que tem um medo enorme de perder um outro alguém tão especial como você, pois nunca havia vivido um sentimento tão puro e intenso como esse. Alguém que aprendeu ser mais grato há todo momento, pois reconhece os presentes que a vida lhe deu e, um deles, é você.
Apesar de estar sendo difícil enfrentar o fator tempo e distância, você tem me mostrado que esses empecilhos servem somente para confirmar que o que sentimos é verdadeiro. Pois essas dificuldades fortalecem tudo o que cultivamos um no outro e breve colheremos os frutos, juntos. Nossa almas estão totalmente sintonizadas, não precisamos de palavras para nos comunicar. Criamos nossa própria linguagem e um olhar, um gesto ou um simples silenciar é decifrado por nós dois.
Como já disse, não sei explicar o que sinto por você. Mas, se for esse troço que chamam de amor, uma coisa posso garantir. É uma das melhores coisas que já senti, graças a você. Não vou te agradecer porque você não está fazendo nenhum favor, está fazendo amor e, pra mim, já é o suficiente.
Mais amor por amor. Por favor é permissão e o amor não pede licença. Ele é selvagem, não há como conter o que exala liberdade…