Precipícios

Imagem de capa: lzf, Shutterstock

Tenho alguns precipícios dentro de mim que vez em quando vêm à tona.

É quando a tristeza fala mais alto do que o entusiamo.

É quando a vontade de me isolar é maior que a vontade de me integrar.

É quando o brilho dos olhos se tornam opacos.

É quando as cores se vestem de cinza.

Tenho alguns precipícios dentro de mim e vez em quando eles me cercam me enchendo de medos.

É quando a força cede lugar à resignação e quando a visão só enxerga abismos.

É quando a crença dá lugar à descrença.

É quando o Sol se apaga, transformando a luz em escuridão.

Tenho alguns precipícios dentro de mim e vez em quando ando à beira deles.

É quando o sonhos desistem de sonhar.

É quando o Amor desiste de amar.

Precipícios nos paralisam por um motivo: pra que a gente possa juntar forças pra mudar o que nos aflige.

Precipícios não podem ser evitados. Não se pode fingir que um precipício não está ali.

Precipícios nos requerem mergulho e coragem.

É preciso ouvir o que eles nos dizem, sentir o que eles nos trazem.

Precipícios são a chave de uma mudança que há muito tempo vem sendo protelada.

Precipício é limite. É divisor de águas.

Eu estou vivendo meu precipício pra renascer depois.



LIVRO NOVO



“Sou personagem de uma comédia dramática, de um romance que ainda não aconteceu. Uma desconselheira amorosa, protagonista de desventuras do coração, algumas tristes, outras, engraçadas. Mas todas elas me trouxeram alguma lição. Confesso que a minha vida amorosa não seguiu as histórias dos contos de fada, tampouco os planos de adolescência. Os caminhos foram tortos, íngremes, com muitos altos e baixos e consequentemente com muita emoção. Eu vivo em uma montanha-russa de sentimentos. E creio que é aí que reside o meu entendimento sobre os relacionamentos. Estou em transição: uma jovem se tornando mulher experiente, uma legítima sonhadora se adaptando a um mundo cada vez mais virtual. Sou apenas uma mas poderia ser tantas que posso afirmar que igual a mim no mundo existem muitas e é para elas que escrevo: para as doces mulheres que se tornaram modernas mas que ainda acreditam nas histórias de amor.”

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