Desde nova sempre tive muitos medos. Que iam desde bichos até ficar em algum lugar sem a presença de minha mãe. Até hoje alguns (muitos) me acompanham. Outros novos surgiram. E tantos outros já se foram.
Mas, de um tempo para cá, tenho me notado cada vez mais corajosa. Tenho notado que ando carregando uma coragem escassa nas pessoas. Eu carrego a coragem de ser transparente com o que sinto. Carrego a coragem de me entregar para os sentimentos bons que ousarem, por algum motivo, baterem à minha porta. Sempre abro. Sempre deixo eles fazerem morada por aqui. Não consigo lhes dizer não. São mais fortes do que. Para que tentar entrar nessa guerra de braço? A derrota seria feia!
Não é conversa fiada, mas as pessoas estão cada vez mais com medo de sentirem. Não as julgo. É mesmo muito difícil acreditar em algo ou alguém novamente depois de tantas rasteiras já terem sido tomadas. Por isso digo que é preciso coragem. É preciso muita coragem para dar a cara a bater. Para dar o coração a sentir e se permitir.
É preciso muita coragem para assumir que se é feito de carne, osso e sentimentos à flor da pele. Não é fácil. Não é qualquer um que consegue não se esconder em máscaras, em capas, em cascas. Não é fácil tirar toda a armadura e se permitir estar vulnerável sobre alguém. Sobre algo.
É preciso muita coragem para abrir a boca e dizer o que sente e sentir de coração tudo que é dito. E vou te falar, apesar dos riscos que se corre ao ter essa coragem, sempre é válida. Nunca é em vão. Independente do desfecho de cada situação. Porque, apesar dos pesares, é o sentir e a coragem de deixar que tudo se externe, que nos move. Que nos renova. Que nos liberta. Sempre!
Com o q tu escrevel me indentifico…