Desde os primórdios da humanidade, o nojo tem sido um mecanismo de sobrevivência, alertando-nos para potenciais perigos e ameaças. No entanto, nem todos os estímulos que provocam repulsa são necessariamente prejudiciais. Um exemplo intrigante desse fenômeno é o fascínio humano pelo ato de espremer espinhas, um comportamento que desperta tanto interesse quanto aversão em diferentes indivíduos.
A prática de estourar espinhas, popularmente conhecida como “pimple popping”, tem conquistado uma legião de seguidores, que não só se deleitam em realizar essa ação, mas também assistem avidamente a vídeos dedicados ao tema. Canais no YouTube e contas nas redes sociais dedicadas ao “pimple popping” acumulam milhões de visualizações e seguidores, demonstrando o alcance significativo desse fenômeno na cultura contemporânea.
Um estudo recente conduzido pela Universidade de Graz, na Áustria, buscou desvendar os mecanismos cerebrais por trás desse fenômeno. Utilizando ressonância magnética funcional (fMRI), os pesquisadores investigaram as respostas neurais de voluntários divididos entre adeptos e não adeptos do “pimple popping” enquanto assistiam a vídeos relacionados.
Os resultados revelaram diferenças significativas na sensibilidade à recompensa e na capacidade de regular o nojo entre os dois grupos. Aqueles que demonstraram preferência pelo “pimple popping” exibiram uma maior ativação do nucleus accumbens, associado à sensação de prazer, e uma melhor regulação da ínsula, a região cerebral envolvida na percepção do nojo. Esses achados sugerem que para os entusiastas desse comportamento, a experiência de espremer espinhas pode ser percebida como uma recompensa, enquanto simultaneamente conseguem suprimir o sentimento de repulsa.
Embora o estudo tenha oferecido insights valiosos sobre os mecanismos cerebrais por trás do fascínio humano pelo “pimple popping”, os pesquisadores ressaltam que todos os participantes, mesmo os adeptos, experimentaram algum nível de nojo durante os experimentos. Isso sugere que, apesar da atração pelo ato de espremer espinhas, a aversão inerente ainda está presente.
O fascínio humano pelo “pimple popping” continua a intrigar e dividir opiniões. Enquanto alguns o veem como um comportamento repulsivo, outros o encaram como uma fonte de satisfação e entretenimento. Independentemente das preferências individuais, a pesquisa oferece uma fascinante visão sobre a complexidade da mente humana e os diferentes modos pelos quais respondemos a estímulos emocionais.
E você, sente prazer ou repulsa ao espremer espinhas? E você, sente prazer ou repulsa ao espremer espinhas?
Com informações de Exame
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