“Tesão por fazer ainda existe”: Ary Fontoura fará sua 50ª novela aos 90 anos

Ary Fontoura, o lendário ator brasileiro, está celebrando uma conquista notável em sua carreira aos 90 anos de idade. Com uma trajetória repleta de personagens memoráveis e décadas de contribuições para a televisão brasileira, Ary Fontoura acaba de alcançar a marca impressionante de sua 50ª novela. No programa ‘É de Casa’ do último sábado (7), o veterano compartilhou suas reflexões sobre essa jornada incrível e reafirmou sua paixão pela atuação.

Questionado por Maria Beltrão se ainda sente o “frio na barriga” ao interpretar novos personagens, Fontoura assegurou que essa emoção continua presente em sua vida. Ele afirmou: “Isso não mudou em nada: ao contrário, ficou um pouquinho mais complicado porque a vida está a mil. Antigamente, o tempinho que você tinha a mais, hoje em dia já não existe. As coisas envelhecem – e as pessoas também – com uma certa rapidez. Mais as coisas do que as pessoas”.

No entanto, ele não deixa de enfatizar que seu “tesão” por atuar só cresce com o tempo: “Esse ‘tesão’ por fazer ainda existe, e fica mais forte a cada dia que passa. É incrível, porque é uma questão de você levar a sério o que faz e de ter uma responsabilidade muito grande”.

“Quando você faz uma novela, parece que a vida amortece, e você passa quase 24 horas do seu tempo – tirando o tempinho que dá pra dormir, você tira – o restante todo é dedicado a ela. É um trabalho nada generoso com a gente em um determinado momento, e profundamente agradável em outro”, concluiu o eterno Nonô Correia de ‘Amor com Amor Se Paga’.

Ary Fontoura iniciou sua trajetória na TV brasileira em uma época em que a televisão estava dando seus primeiros passos no país. Sua carreira é marcada por uma versatilidade impressionante, com atuações memoráveis em dramas e comédias. Alguns de seus papéis mais icônicos incluem Aparício Varela em “Sassaricando” (1987), Delegado Motinha em “A Indomada” (1997), Cornélio Batista em “O Cravo e a Rosa” (2000), Padre Francisco em “A Favorita” (2008), e Pancrácio em “Êta Mundo Bom!” (2016).

Além de ter sido um testemunho da evolução da televisão brasileira, Ary Fontoura contribuiu significativamente para esse desenvolvimento. Sua habilidade de se adaptar a personagens diversos e sua paixão pela atuação o transformaram em um dos artistas mais respeitados e queridos do Brasil. Com sua 50ª novela, ele reafirma sua importância na história da teledramaturgia nacional.

 

Com informações de Ana Maria