Recentemente, em uma entrevista para uma coletiva no Red Sea Film Festival, na Arábia Saudita, Sharon Stone falou um pouco mais sobre sua luta contra a AIDS. A atriz e modelo desabafou sobre o impacto da doença em sua carreira e contou que chegou a ficar oito anos sem conseguir nenhum papel.
Stone agora é conhecida pelo ativismo no combate à Aids e também falou sobre o impacto de substituir sua falecida amiga, a atriz Elizabeth Taylor, como presidente honorária da amfAr (Fundação de Pesquisa da Aids).
“Tive que ocupar um lugar muito grande como o de Elizabeth Taylor. Eu tinha muitas responsabilidades como substituta na AmfAR. Quando me procuraram, pensei, ‘eu estou à altura de substituir a Elizabeth?'”, se questionou.
Além disso, ela relembrou sua conversa com a então empresária Cindy Berger: “Ela me disse: ‘Se você fizer isso, destruirá sua carreira'”. Na época, falar sobre a Aids era um tabu muito forte e Stone participou de uma transformação dentro da fundação.
Depois de se tornar presidente da AmfAR, Sharon conta que enfrentou muito “ódio” e confessou que sua carreira foi “destruída”:
“Eu não tinha ideia da resistência, da crueldade, do ódio e da opressão que enfrentaríamos… Foi assim por 25 anos, até que tivéssemos remédios contra a Aids sendo anunciados na TV como temos anúncios de refrigerante. Isso destruiu a minha carreira. Não trabalhei por oito anos. Disseram-me que se eu falasse ‘camisinha’ novamente qualquer verba seria removida. Fui ameaçada várias vezes, minha vida foi ameaçada e decidi que tinha que continuar mesmo assim”, confessou.
Emocionada, Stone deixou claro que não se arrepende de tudo que fez e destacou que a Aids custou a vida de 40 milhões de pessoas antes dos antirretrovirais terem sido introduzidos.
“Agora 37 milhões de pessoas vivem com HIV de forma saudável”, disse a atriz, enquanto enxugava as lágrimas.
Com informações de UOL
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