Esses dias, despretensiosamente assisti “Antes do Adeus” (“Before We Go”), e me surpreendi demais com o longa de 2014 que é quase uma versão moderna do clássico “Antes do Amanhecer” . O filme é leve e doce, repleto de diálogos rápidos e cheios de sentido, capazes de nos transportar para situações corriqueiras de nosso próprio universo, dando um significado diferente (ou pelo menos mais reconfortante) aos encontros que tivemos pela vida – tanto aqueles que permaneceram quanto os que tiveram breve passagem mas acabaram modificando tudo, injetando ânimo novo em nossa existência. E descobrimos que a importância de alguém não é definida pelo tempo que ela permaneceu em nossas vidas, e sim pela forma como ela nos transformou. Não se trata de duração, e sim de sutileza. A linha tênue entre presença física e habilidade de tocar uma alma.
Alguns encontros têm curta duração, mas deixam a percepção de que “estavam escritos para acontecer”. São aqueles que iremos nos lembrar para sempre, não importa quanto tempo passe. E que, de alguma forma, despertaram uma versão nossa que desconhecíamos mas que tinha que vir à tona para amadurecermos, para sermos mais autoconfiantes, para descobrirmos que nosso coração é capaz de amar de diversas formas.
Uma das frases mais marcantes do filme é: “Você irá conhecer alguém. Você saberá na hora que ela é problema. No fim da noite você vai querer falar algumas coisas, mas não diga. Não estrague tudo. Apenas beije-a. Deseje-lhe boa sorte. Agradeça-a. Por te mostrar que você pode amar mais do que uma pessoa nessa vida”.
Acho lindo esse trecho principalmente por causa da ultima parte. Às vezes ficamos tão tristes e frustrados por uma relação ter acabado, que deixamos de prestar atenção no quanto ela foi importante para nós, ainda que tenha chegado ao fim. E muitas vezes, em vez de desejarmos sorte e sermos gratos a tudo o que ela nos proporcionou, preferimos focar somente na dor e no rancor. Faça um exercício mental e pense em quem você era antes dessa pessoa ter entrado em sua vida, e em quem você se tornou. Que aprendizados você teve, que lições irão permanecer para sempre?
Ninguém entrará em sua vida por acaso. Ninguém sairá dela se o tempo de vocês não tiver se esgotado. Ninguém retornará se não houver algo pendente a resolver. Ninguém permanecerá se não tiver um caminho comum para percorrer.
Há muito desencontro pela vida e muita falta de entendimento acerca desses desencontros. Há também mais coisas entre o céu e a Terra do que somos capazes de compreender, e por isso deveríamos apenas fechar os olhos e confiar. Deixar ir. E, se um dia tiver que retornar, simplesmente aceitar que nem tudo tem explicação lógica, a maioria das coisas não tem.
O final do filme é surpreendente, e pode deixar alguns fãs de romance frustrados. Porém, o que é a vida senão um grande ponto de interrogação? Apesar de nossa mania de controle, não temos a mínima ideia do que virá no dia seguinte, na próxima página, na dobra de esquina, na escolha despretensiosa, no aniversário adjacente. A única coisa que podemos realmente controlar é o momento presente. E por isso é primordial reconhecer a felicidade hoje, e suga-la da melhor maneira possível. Pois dores passam, e momentos não voltam.
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