A vira-latinha Zelda assustou sua família quando fugiu de casa e passou 97 dias desaparecida. A peluda voltou para seu abrigo temporário, a casa de uma voluntária que a abrigou quando foi resgatada.
Mas, o mais curioso, além do grande apego da cadelinha por sua salvadora, foi que o caminho até a casa da voluntária é de quase 48 quilômetros.
Zelda ficou cerca de sete meses na casa de Seneca, ainda muito medrosa e assustada. “Ela não abanou o rabo por dois meses e só latiu depois de quatro meses”, contou a jovem.
Krueger já acolheu entre 30 a 40 cães em sua casa e contou que não tratou a cachorrinha de forma diferente, mas sempre com muito carinho e dando a atenção necessária. Mas, também acabou se apegando.
“Dos cães tutelados, o que acontece é que você os ama e depois os deixa ir, acolhendo o próximo para cuidar. Mas com Zelda foi diferente, agi cuidando como demais animais, mas eu a adotei em meu coração. Quando ela se foi, passei três dias chorando. Senti como se tivesse perdido um animal meu”, disse Krueger.
Zelda fugiu de casa dez dias após a adoção e Seneca foi avisada pelos tutores, se juntando imediatamente na busca. “Três vezes por semana eu saía por quatro ou cinco horas. Os dias em que a temperatura estava 30 graus abaixo de zero foram os momentos em que mais me preocupei com ela. Fiquei fora o dia todo tentando encontrá-la para que ela pudesse se aquecer”, disse ela.
A cachorrinha foi localizada 51 dias após o último avistamento, depois que alguém tirou uma foto pela janela de um carro de um animal com as suas características.
“Acho que coloquei 127 panfletos naquele bairro”, contou a voluntária, que já havia percebido que Zelda estava tentando encontrar o caminho de volta para ela.
“Eu não conseguia ficar parada, caminhava por uma hora e voltava para ver se ela estava em casa e, imediatamente, voltava para a rua por mais uma hora”, disse Krueger.
A ONG “START for Dogs” montou uma trilha com câmeras de monitoramento, conseguindo captar a imagem de um animal que se parecia muito com Zelda. À noite, armaram uma armadilha ao lado de um prato de comida e ficaram de tocaia. Às 4h30 da manhã, Seneca recebeu uma ligação do grupo com o aviso de que Zelda havia sido encontrada, depois de 97 dias de busca.
A peluda estava mais magra e suja, mas nã tinha ferimentos. Seneca não hesitou em adotar oficialmente a peluda. “Acreditamos que escolhemos os animais, mas realmente são eles que nos escolhem, e acho que foi isso que aconteceu”, diz.
Com informações de ANDA
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"O que Deus juntou, não os separe, o homem" . A Lei é para esses que se amam além do tempo e do espaço.