Em dezembro de 1944, nos últimos meses da Segunda Guerra Mundial, um tenente do Exército Japonês foi transferido para uma pequena ilha nas Filipinas. Seu nome é Hiroo Onoda e ele se refugiou na floresta após um ataque americano.
Mas, diferentemente de seus companheiros, Onoda ficou escondido por cerca de 30 anos. O homem chegou a ser declarado como morto no ano de 1959, mas continuava na selva.
Onoda estava dedicado o a uma missão secreta confiada a ele: de proteger a ilha até o retorno do exército imperial. Ele tinha certeza que, por todo aquele tempo, a guerra não havia acabado.
Onoda não foi o único soldado que teve dificuldade de acreditar que a guerra havia terminado, vários outros soldados japoneses viveram a mesma dificuldade. Mas, ele possui uma história única já que se recusou a viver em colaboração com os habitantes de Lubang e ficou longe da sociedade por todos os 30 anos.
Quando a guerra acabou, Onoda e outros três recrutas não acreditaram nas notícias e achavam que os folhetos lançados sobre Lubang para informar os militares isolados sobre a rendição do Japão em 15 de agosto de 1945 eram falsos.
Eles continuaram escondidos na selva com procedimentos simples de sobrevivência. Onoda escreveu nas suas memórias que, até 1959, ele e seu companheiro Kinshichi Kozuka haviam “desenvolvido tantas ideias fixas que éramos incapazes de compreender qualquer coisa que não se adaptasse a elas”.
Seu amigo Kozuka acabou morto por tiros disparados pela polícia local em outubro de 1972, mas Onoda permaneceu sozinho na ilha por mais 18 meses, até que um encontro com um excêntrico explorador japonês de nome Norio Suzuki resultou em um acordo. Se Suzuki conseguisse trazer o comandante de Onoda para Lubang com ordens diretas para que ele depusesse as armas, ele obedeceria.
A missão de Suzuki foi um sucesso, e a guerra de Onoda chegou ao fim em 9 de março de 1974. Assim, ele retornou ao Japão e foi recebido como herói, sendo o último soldado japonês a voltar da guerra para casa. Um livro sobre sua história e com suas memórias chegou a ser publicado pouco depois, se tornando um best-seller.
Mas agora a história tão curiosa virou um longa-metragem. O filme ‘Onoda: 10 Mil Noites na Selva’, de Arthur Harari, possui cerca de três horas e foi aclamado pela crítica.
A produção foi pauta polêmica desde sua estreia no Festival de Cinema de Cannes, na França, em 2021. O filme entrou em cartaz no Reino Unido e na Irlanda em 15 de abril, e sua estreia no Brasil está prevista para agosto de 2022.
Com informações de Clicr
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