Melissa Faria é uma jovem de 20 anos e mãe de uma bebê de 11 meses. Ela também é estudante universitária da faculdade Faminas, no bairro Vila Clóris, na Região Norte de Belo Horizonte.
Na noite desta terça-feira (8), Melissa foi impedida de assistir às aulas da faculdade, porque havia levado sua filha ao campus. “É muito difícil ser mãe no meio acadêmico. Ainda mais uma mãe sem rede de apoio. Isso precisa mudar”.
Revoltada com a situação, a estudante utilizou suas redes sociais para relatar o ocorrido e fez uma publicação na tarde desta quarta-feira (9).
No dia que foi expulsa, Melissa saiu de casa com livros, cadernos e o carrinho de bebê que levava sua filha de 11 meses, que ainda é amamentada. Seu marido trabalha até muito tarde, por isso não pode ficar com a pequena.
“Neste horário não tem creche, nem escolinha aberta. Mesmo se tivesse eu não teria condições de pagar, sou bolsista na faculdade. Minha família mora em outra cidade. Aqui é só eu, meu marido e a pequena. Por isso levei minha filha comigo”, disse.
Melissa também contou que quando chegou à faculdade, os seguranças informaram que ela não podia entrar por estar com a criança. A coordenadora do geral da faculdade foi chamada e confirmou a proibição.
“Ela me disse que faculdade não é lugar para crianças e que eu teria que repensar meus estudos. Estava chovendo, eu ainda pedi para ficar por causa da chuva e ela não deixou. Na hora não tive reação, senti um nó na garganta, uma impotência”.
Agora, a mãe afirma que não sabe como vai fazer para frequentar suas aulas. Ela contou que um diretor da universidade ligou para ela e pediu desculpas.
“Ele foi até muito educado, disse que lamenta, que tem projetos para ter uma brinquedoteca ou babá na faculdade, mas ainda assim, não sei se posso voltar lá com minha filha”, contou.
A Faminas se pronunciou sobre o caso e disse que “não existe uma normativa interna que impeça as mães de trazerem seus filhos para a faculdade”, além de afirmar que “não compactua com tal posicionamento”.
Com informações de G1
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Mamães têm sempre razão, claro. Se a universidade for flexível e permitir a presença da estudante com sua bebê, não vai poder negar a concessão a nenhum outro estudante nas mesmas condições ou análogas, como, por exemplo, quem precise levar seu avô ou avo idosos, porque não têm com quem ficar. Tudo bem se os demais estudantes sejam igualmente flexíveis e compreendam a situação, aceitando, na boa, e com aquele sorrisão de orelha a orelha, solidários e empáticos com quem precisa assobiar e chupar cana ao mesmo tempo, sem pirar.
E a faculdade agora tem que arcar com esse problema? O marido dela que fique com a criança. Os demais alunos não são obrigados a terem uma criança perturbando a paz da aula por conta de uma pessoa que tem filho sem condições nem de se manter.