Vulcão na Espanha entra em alerta para erupção e gera rumor de tsunami no Brasil

A atividade sísmica aumentou ao redor do vulcão de Tenequia, localizado nas Ilhas Canárias, da Espanha. De acordo com o governo do país, pode haver uma erupção nos próximos dias.

O vulcão fica no parque nacional Cumbre Vieja, no sul da Ilha de La Palma, onde 4.222 tremores foram detectados pelo Instituto Geográfico Nacional da Espanha.

O órgão disse nesta quinta-feira (16) que não há evidência de que pode haver uma erupção imediata, mas a situação pode mudar rapidamente. Espera-se mais tremores nos próximos dias.

O Instituto Vulcânico de Canárias também está antenado no caso e revelou que mais de 11 milhões de metros cúbicos de magma entraram no Cumbre Vieja e o pico aumentou em cerca de 6 centímetros nos últimos dias.

A última erupção do vulcão Tenequia foi em 1971, ou seja, décadas sem mostrar atividade. Algumas pesquisas identificam o vulcão como possível causador de um tsunami na costa brasileira.

Mas, o Pesquisador do Instituto de Ciências do Mar da UFC (Universidade Federal do Ceará), Carlos Teixeira, esclareceu  muitas dúvidas dos brasileiros e pediu cautela.

Em entrevista ao UOL, o professor explicou que, de fato, há a possibilidade de que uma erupção deste vulcão cause um tsunami, mas as chances de que as ondas cheguem com muita intensidade ao Nordeste brasileiro são pequenas.

“Ele [o vulcão] não estava dando sinais de erupção [há décadas], mas agora ele chegou a um segundo nível. São quatro níveis de alerta. Ele pode vir a ter uma erupção, mas não significa que essa erupção vai gerar um tsunami, mas é uma possibilidade, mesmo que mínima”, disse o professor para o UOL.

Além de tudo isso, a Ilha de La Palma e o Nordeste brasileiro então em uma distância considerável.  São 4.462 km de distância entre o vulcão e a cidade de São Luís, no Maranhão.

“Se essa possibilidade de erupção ocorrer, não significa que vai ser explosiva; se for, não quer dizer que vai chegar aqui com ondas de oito, dez metros; pode chegar aqui bem menor”, esclareceu o pesquisador.

 

Com informações de G1 e Radio Jornal