Embora as avós sejam figuras extremamente importantes para muitos de nós todos, nem sempre os pais conseguem entender os deveres e obrigações que elas possuem.
Muitos pais acabam deixando seus filhos por muito tempo na casa das avós e extrapolam os limites do que era para ser apenas uma ‘ajudinha’.
As avós muitas vezes já estão aposentadas e já viveram o suficiente para criar seus filhos, agora seria o momento do descanso, aproveitar a tranquilidade de um dever cumprido.
É o caso de Josefa Feitosa, mais conhecida como “Jô”. Essa avó é diferente das demais; ela não queria ficar em casa. Ela trabalhou por muito tempo no sistema prisional brasileiro e, quando finalmente se aposentou, a última coisa que ela queria era criar mais crianças.
Aos seus 57 anos, ela já tinha três filhos e um neto, de quem ocasionalmente era solicitado que ela cuidasse. Foi assim que Jô decidiu ir contra todos os padrões e resolveu dizer não. Ela vendeu todos os seus bens, casa, móveis e roupas, para fazer o que sempre quis fazer.
Ela começou a viajar, primeiro nacionalmente, mas depois se esqueceu das fronteiras e saiu para explorar o mundo.
“Depois de criar três filhos, dar o sangue, suor e lágrimas por trabalhos estressantes e mal remunerados, relacionamento sem respeito, reciprocidade e o escambau, resolvi me dar prazer e alegria”, disse Jô.
No início, uma de suas filhas, Lilith Feitosa, estranhou e se aborreceu. No entanto, ela finalmente percebeu que sua mãe não era como as outras. Ela queria sair e explorar e embarcar nessa grande aventura.
“O usual é os filhos sairem de casa e os pais ficarem com a síndrome do ninho vazio. Comigo foi o contrário. Mas vejo que ela se reinventou: vinha sendo mãe a vida inteira, mas resolveu ser outra coisa”, diz a jovem de 24 anos, que mora em Camocim, no litoral cearense.
Josefa compartilha todas as suas aventuras no Instagram e quer se tornar uma fonte de inspiração para pessoas mais velhas que têm medo de viajar.
“Há muita vida fora dessa caixinha que chamam de lar. Avô não foi feita para cuidar de neto”, diz Jô, que já fez mochilão na Europa, viajou entre a África e a Ásia e conheceu quase 40 países. Ela não pretende parar.
Com informações de G1
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