Ju Farias

O paraquedas da minha fé

Sou movida pela minha fé, fato que não tem ligação alguma com qualquer religião. Isso porque acredito que a espiritualidade não precisa caminhar junto com manuscritos, livros sagrados ou caixinhas que passam de mão em mão. Para mim, a espiritualidade só precisa de fé.
Gosto daquela música que diz que “o meu melhor amigo é o meu amor”, mas não concordo. A melhor amiga de uma pessoa é a sua fé, esse combustível que faz você levantar a cada queda.
E a vida é toda paramentada nas quedas. Bom, é a minha visão da coisa, minha experiência com esse lance de existir/resistir. Não é fácil viver, dá trabalho. Sentir, especialmente para os que sentem muito, é doloroso.
Sentir, especialmente para os que sentem muito, exige um grande grau de resiliência, pois as decepções jogam a gente sempre de andares mais altos e, por isso, nos machucamos mais. É aquela velha história: quanto maior a queda, mais forte é o impacto e, consequentemente, o machucado.
Ao mesmo tempo que, muito provavelmente, nos entregamos com outro olhar às relações, uma maneira mais lúdica de amar, entendendo que as alianças devem ser inteiras, mais ainda nas quedas da vida. Certo ou errado? Não sei, penso que também seja uma forma de (r)existir.
Fato é que sou movida pela minha fé. Não estou falando de oração, muito embora ore quase todos os dias. Estou falando de doação, de entregar o coração ao outro sem nem pensar em como seria se não o fizesse.
As pessoas são cruéis, algumas conseguem até fingir que não, mas uma hora a máscara cai e a face escura aparece. Geralmente, nesses casos, é uma escuridão assustadora. Conheci algumas pessoas assim, especialmente nos últimos anos.
Volta e meia, pessoas com o coração bom ficam à beira do precipício, mas nem percebem. Até que um dia escorregam entre arbustros e terra, até que a fé abre o paraquedas e as levam de volta ao solo.
Se você procurar a palavra “utilidade” no dicionário, vai encontrar em algum momento a seguinte frase: utilização proveitosa de algo. Pessoas boas acabam sendo interessantes mais por serem úteis do que simplesmente por existirem.
Por isso, há de se saber diferenciar esses afetos. Porque o afeto verdadeiro não tira proveito. Aliás, o afeto verdadeiro não tira nada, só acrescenta. Algumas pessoas boas precisam entender isso. Me incluo nesse pacote.
Há sempre um lado bom em ser bom. Do outro lado, muitas vezes, há dor e desilusão. Mas, se o que corre nas nossas veias é fé, haverá sempre uma saída.
E a saída é sempre acreditar que amanhã haverá de ser melhor. Porque se depender da nossa fé, assim será. E se não for, ainda sim, teremos fé, e mais fé e ainda mais fé.

Gosto daquela música que diz que “o meu melhor amigo é o meu amor”, mas não concordo. A melhor amiga de uma pessoa é a sua fé, esse combustível que faz você levantar a cada queda.

E a vida é toda paramentada nas quedas. Bom, é a minha visão da coisa, minha experiência com esse lance de existir/resistir. Não é fácil viver, dá trabalho. Sentir, especialmente para os que sentem muito, é doloroso.

Sentir, especialmente para os que sentem muito, exige um grande grau de resiliência, pois as decepções jogam a gente sempre de andares mais altos e, por isso, nos machucamos mais. É aquela velha história: quanto maior a queda, mais forte é o impacto e, consequentemente, o machucado.

Ao mesmo tempo que, muito provavelmente, nos entregamos com outro olhar às relações, uma maneira mais lúdica de amar, entendendo que as alianças devem ser inteiras, mais ainda nas quedas da vida. Certo ou errado? Não sei, penso que também seja uma forma de (r)existir.

Fato é que sou movida pela minha fé. Não estou falando de oração, muito embora ore quase todos os dias. Estou falando de doação, de entregar o coração ao outro sem nem pensar em como seria se não o fizesse.

As pessoas são cruéis, algumas conseguem até fingir que não, mas uma hora a máscara cai e a face escura aparece. Geralmente, nesses casos, é uma escuridão assustadora. Conheci algumas pessoas assim, especialmente nos últimos anos.

Volta e meia, pessoas com o coração bom ficam à beira do precipício, mas nem percebem. Até que um dia escorregam entre arbustros e terra, até que a fé abre o paraquedas e as levam de volta ao solo.

Se você procurar a palavra “utilidade” no dicionário, vai encontrar em algum momento a seguinte frase: utilização proveitosa de algo. Pessoas boas acabam sendo interessantes mais por serem úteis do que simplesmente por existirem.

Por isso, há de se saber diferenciar esses afetos. Porque o afeto verdadeiro não tira proveito. Aliás, o afeto verdadeiro não tira nada, só acrescenta. Algumas pessoas boas precisam entender isso. Me incluo nesse pacote.

Há sempre um lado bom em ser bom. Do outro lado, muitas vezes, há dor e desilusão. Mas, se o que corre nas nossas veias é fé, haverá sempre uma saída.

E a saída é sempre acreditar que amanhã haverá de ser melhor. Porque se depender da nossa fé, assim será. E se não for, ainda sim, teremos fé, e mais fé e ainda mais fé.

Photo by Max Ilienerwise on Unsplash

Ju Farias

Não nasci poeta, nasci amor e, por ser assim, virei poeta. Gosto quando alguém se apropria do meu texto como se fosse seu. É como se um pedaço que é meu por direito coubesse perfeitamente no outro. Divido e compartilho sem economia. Eu só quero saber o que realmente importa: toquei alguém? É isso que eu vim fazer no mundo.

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