e ainda que pareça totalmente distante da realidade que você vive hoje, se deixe acreditar, se deixe libertar. porque quando a gente não para alguns momentos no dia e se olha, se repara, cor alguma ganha efeito e brilho.
dói muito, mas dói muito mesmo respirar fundo, fechar os olhos e encarar quem você é por dentro. reviver as escolhas feitas, as consequências delas, tudo isso é um processo continuo de cicatrização e cura. não funciona da noite para o dia, mas é necessário que você comece de algum lugar.
pra mim começou a partir do dia em que percebi que me culpar por tudo é o maior mal que posso fazer. perpetuar esse comportamento está literalmente acima do autocuidado que mereço, que mesmo nós vários tombos da vida, aprendi a valorizar, a conhecer e aprender.
não existe régua pro amor, principalmente para o amor que você deposita em si. querer todas as respostas e proporcionar todos os afetos é peso emocional demais para qualquer pessoa. responsabilidade emocional não fala sobre você maltratar o coração com tantas torturas internas.
existe o que você diz, o que você sente, o que você transborda. mas também existe como uma outra pessoa recebe todos esses discursos que você entrega. querendo ou não, é fundamental cada parte entender a sua parcela nisso. porque é tudo um ciclo. é mesmo.
mas voltando ao mergulho, ao salto pra dentro desse oceano de si, não tenha medo. ou tenha. tá tudo bem ter medo. só não trave, só não permita que o seu coração fique estagnado esperando um possível milagre de resiliência e melhora.
depressão, angústia, ansiedade, tudo que você traz consigo se convive dia após dia e no equilíbrio e tratamento que trouxer sentido e a sensação de pertencimento novamente ao seu sorriso. porque sorrir é bom e eu gosto, eu amo.
pra terminar, este texto não é o começo e nem o fim de nada. ele é parte da jornada. uma jornada de autoconhecimento para evitar a temida autossabotagem. uma jornada para viver melhor comigo de novo que, no fundo, sempre foi e será a mais honesta companhia.
Imagem de capa: Catalin Pop via Unplash
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Não existe nada mais doloroso do que se conhecer a si mesmo. Do que descobrir quem você realmente é. Do que construir uma auto estima. Mas, é uma jornada maravilhosa de verdade. Cheia de medos e inseguranças, mas, fonte de forças e descobertas que são impagáveis.