Aos 4 anos de idade, a pequena Olivia já é uma heroína, pois salvou a vida do irmão caçula, o Eli Vasquez, ao fazer um transplante de medula óssea.
O menino havia nascido saudável, mas quando completou 9 meses foi diagnosticado com a síndrome Hurler, uma doença genética em que o corpo não produz uma enzima fundamental para digestão do açúcar no organismo.
Com isso, somente um transplante de medula óssea seria capaz de salvá-lo. A pequena Olívia pôde doar a sua e agora, um ano depois da cirurgia, o irmão caçula voltou ao médico e descobriu que funcionou o transplante: sucesso total.
A síndrome Hurle tem como característica um quadro de inchaços pelo corpo e pode levar à morte rapidamente quando não tratada.
“Essas grandes moléculas de açúcar começam a se acumular no corpo e se acumulam em todos os lugares — da cabeça aos pés. [A síndrome] pode causar danos ao cérebro, fígado, baço, pulmões e coração. Os ossos também são afetados, levando crianças com síndrome de Hurler a desenvolver rostos largos com a ponte nasal plana e ossos frontais protuberantes. Sem tratamento, os jovens pacientes morrem na primeira década de vida. É uma doença difícil”, explicou o pediatra Ashish Gupta, do Hospital Infantil Maçônico da Universidade de Minnesota, que fez e acompanhou todo o tratamento do pequeno Eli.
Segundo informações publicadas pelo Today, a síndrome não tem cura, mas o transplante de medula óssea pode prolongar a vida do paciente: a medula óssea pode substituir as células-tronco defeituosas por outras saudáveis que produzem a enzima.
Olivia sabia sobre a doença do seu irmão, então quando os pais descobriram que ela era a melhor opção, eles pediram pra filha sua permissão e ela respondeu:
‘Sim, vamos lá’ ”, lembrou a mãe das crianças em entrevista ao Today.
“O que ela entendeu da situação foi que seu irmão tinha sangue ruim, o dela era bom e ela iria dar a ele para torná-lo melhor.”
No mês passado, a família voltou para a avaliação de um ano após o transplante.
“Hoje ele está incrível”, revelou a mãe. “Todos esses testes deram resultados tão bons — tudo parece igual ou melhor, o que é uma ótima notícia”.
“Ele está se saindo realmente muito bem. Mas, esta é uma batalha contínua e o mais importante é que continuaremos a avaliá-lo todos os anos e ver o que ele precisa.”
Enquanto a pequena Olivia, agora com 5 anos, acredita que ela e o irmão são a mesma pessoa por causa da cirurgia.
“Ela está tão orgulhosa de que ele é feito com as células dela e de que ele é tão saudável. Ela o deixou ficar melhor”, concluiu a mãe emocionada.
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