a rejeição dói? demais. para quem rejeitou, nem tanto. todos já passamos por ambos os cenários, mas tem uma pegadinha nisso tudo: rejeição não é sentimento, é escolha.
a rejeição é algo calculado e tem mais a cara da razão do que da emoção, ainda que pareça o contrário. para quem rejeita, a escolha é quase óbvia na maioria dos casos: não quer e pronto.
não dar motivos e explicações é um ato covarde e que pode gerar sérios problemas emocionais para quem ficou para trás. a questão não é exatamente rejeitar aqui, mas ter responsabilidade para agir com honestidade com a pessoa que dedicou tempo e afeto com você.
foi por espontânea vontade? foi, mas não dá pra tirar o seu da reta com uma argumentação vazia dessas. maturidade é bom e todo mundo pode aprender.
e quem teve a rejeição rasgando tudo por dentro? entenda: não é sua culpa. se você sabe o que ofereceu, a intimidade que entregou, não se ache a pior pessoa do mundo ou mesmo trouxa por tal atitude.
quem desistiu ou simplesmente não quer mais você, não é parâmetro para praticar uma autossabotagem diária. o seu coração não precisa passar por algo tão sofrível.
sem dúvida existirá a decepção, o desconforto e a sensação constante de que você tomou alguma decisão errada, mas não foi. com o tempo, o sofrimento vai diminuir.
talvez ele se torne pior se você não abrir mão da escolha que o outro já tomou, insistindo, abrindo mão de você para fazer dar certo com alguém. é saudável? podemos concordar que não, né?
então, em caso de rejeição, namore a si, p****! senta no teu canto, chora em posição fetal, sofra no seu tempo mas não esqueça: o tombo não vai impedir você de voltar a se levantar.
você é incrível, tem uma inteligência emocional rara e merece mais. às vezes realmente foi só o tempo que errou. e mesmo se não for o caso, você não rasteja por amor, ele é que vai ao seu encontro – no momento certo, com a disposição em sintonia de alguém que queira, assim como você, somar e ser lar.
Imagem meramente ilustrativa do filme Comer Rezar e Amar (2010)
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